Na minha humilde ignorância, creio que o mundo vive um radicalismo de ideias. Existem apenas dois lados e obrigatoriamente você tem que escolher um. Automaticamente o lado que você descartou irá te caluniar, menosprezar e te xingar dos maiores absurdos, quase que se você fosse o defensor do próprio anticristo na Terra.
O Brasil não é modelo para quase nada no Planeta, talvez apenas no esporte onde já tivemos alguns ídolos mundiais (Senna e a Seleção Brasileira de Futebol). Entretanto, esse radicalismo de ideias encontrou um lugar próspero em nosso País nos tornando um excelente caso de estudo e de acompanhamento para saber até onde vamos parar.
Eu sempre gostei de acompanhar política. Lembro da campanha presidencial de 1989 (eu tinha apenas 8 anos) e desde a eleição de 1994 eu acompanho com bastante afinco. Tanto é que fiz questão de votar na eleição de 1998, mesmo sendo facultativo (estava com 17 anos). Lembro de praticamente todos os meus votos (Presidente, Governador, Senador, Deputados Federal e Distrital) que fiz em todas as eleições, atestando que a política sempre foi algo que me apeteceu.
Creio que a eleição de 2014 foi o início do grande cisma que se tornou a política nacional. Tivemos um prenuncio em 2013 com as manifestações que explodiram em todo o País. Ali, percebemos que algo estava diferente, tanto para o bem quanto para o mal.
A eleição de 2014 entrou para a história como a mais difamatória da nossa história, com os resultados que estão ai bem documentados.
Chegamos em 2018 com o Brasil em plena histeria com a população cada vez mais dividida. Não éramos mais um povo com opiniões políticas divergentes. Viramos um povo dividido em sua plenitude, onde cada lado é o dono da verdade absoluta e o outro lado deveria perecer se isso fosse possível.
Tanto é que entre 2013 e 2019 eu me afastei totalmente das discussões e noticiários políticos, preferindo ficar alienado e não tomar conhecimento dessa balbúrdia que virou o País. Ficou cada vez mais difícil encontrar onde estava a verdade, pois os fatos ficaram cada vez mais distorcidos e os discursos de ambos os lados estavam cada vez mais convincentes, ficando difícil saber onde estavam as falácias.
Mesmo eu tentando ficar de fora dessa briga, ela chegou até mim (chegou a todos) e ela se mostrou poderosa quando percebi que tive uma opinião mudada sem nem ao menos perceber que tinha mudado até me dar conta que eu tinha mudado completamente.
A opinião foi sobre o filósofo/escritor Olavo de Carvalho. Eu li um livro dele em março/2016 e tinha gostado bastante das ideias discutidas no livro, chegando a escrever nesse blog que as suas ideias seriam necessárias para mudar o destino do nosso País.
Interessante que um mês depois houve o processo de instauração do Impeachment da Dilma e daí pra frente cada vez mais o Brasil aumentou o ritmo da radicalização das ideias.
Chegou 2019 com o início do Governo Bolsonaro e a participação ativa do Olavo no início do Governo auxiliando a montagem da equipe ministerial. Cada vez mais o Olavo foi virando notícia de jornal e as redes sociais, em sua grande maioria, difamava-o a todo custo. O filósofo retrucava com truculência, não se esquivando de nenhuma discussão.
Olhando de fora, pois não queria participar dessas discussões, fui pouco a pouco mudando a minha opinião sobre ele, chegando ao ápice de menosprezá-lo e colocar nele muita da culpa do Brasil estar assim. Entretanto, ao ter essa nova opinião eu tinha esquecido que um dia eu tinha admirado as suas ideias.
Chegamos em 2022 e a busca recente da verdade espiritual que estou tendo, foi natural querer também saber a verdade dos acontecimentos reais. Isso me fez chegar à Brasil Paralelo.
Já tinha ouvido falar dessa empresa e tinha achado interessante os seus documentários e a forma de distribuição gratuita que eles praticavam. Eram documentários longos e bem produzidos (nunca cheguei a ver nenhum e só sabia que eram bem produzidos por ver uma cena ou outra dos vídeos) e que estavam sendo cada vez mais difamados pela mídia, sendo acusados de revisionismo histórico e que seriam uma braço da Política Bolsonarista para doutrinar as pessoas.
Por indicação do meu irmão, resolvi assistir o seu 1º documentário chamado A Última Cruzada: A Verdadeira História do Brasil. Em 5h30min é narrado desde os motivos que levaram Portugal a se lançarem nas Grandes Navegações que culminou com a descoberta do nosso País até a Proclamação da República. Entre todos os historiadores, sociólogos, professores que estão presentes no documentário é possível sim ter ali um ou outro viés ideológico. Entretanto, faz muito sentido tudo que eles trouxeram e a ideia geral não tem um tom revisionista, mas sim a narração de fatos complexos que é a história de um povo.
Fiquei apaixonado pelo documentário e vi na sequência os documentários que trata sobre o Governo Vargas, a Revolução de 1964 e sobre a Educação Brasileira. Interessante que após assistir os documentários é claramente perceptível que muitas notícias querem simplesmente tirarem a sua credibilidade, distorcendo as informações que eles trazem em seus filmes. Daí percebi que realmente há uma mídia que quer "calar" quem não pensa igual ela e o modo de fazer isso é disseminando mentiras.
Passei os últimos dias conhecendo todos os demais conteúdos que eles possuem e decidi que o mínimo que poderia fazer era assinar um dos seus planos para que eles possam continuar crescendo e nos trazendo esse conhecimento que é um alívio dentro de tanta gritaria que há hoje no País.
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