Mais um conto do Machado de Assis lido.
Por recomendação de um aluno do curso da Escola de Literatura que estou fazendo, ele indicou esse conto como complemento ao Livro de Jó que lemos nesse mês.
O conto é bem curtinho e narra a história do Diabo que depois de séculos perdendo a batalha contra Deus, decide mudar a estratégia e criar uma Igreja também para si. Uma Igreja organizada com cultos, orações, sacramentos; ou seja, tudo que a Igreja de Deus possui ele também vai criar para ele.
Antes de criar a sua Igreja o Diabo vai até Deus avisá-lo desse intuito. Deus o escarneia e levanta alguns questionamentos dos motivos dessa criação, mas o Diabo está convicto e consegue a permissão de Deus para a fundação de sua própria Igreja.
No início o Diabo consegue vários fiéis e a Igreja cresce. Entretanto, com o tempo ele percebe que alguns dos seus fiéis voltaram a praticar as antigas virtudes da Igreja de Deus.
Ele fica indignado com essa traição dos seus fiéis e vai até Deus novamente para tirar satisfação.
Deus escuta calmamente a lamentação do Diabo e no final com uma frase bem concisa que só lendo o livro o leitor atende ele explica que o ser humano é assim mesmo, contraditório. Em um momento ele quer a salvação, em outro momento ele busca a perdição e vice-versa.
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