Segunda biografia de um santo que eu termino e dessa vez foi a história de um santo contemporâneo que viveu entre nós no século passado, entre 1902 e 1975.
No caso é o espanhol São Josemaria Escrivá, fundador da Obra que ficou conhecida mundialmente como Opus Dei.
Esse homem viveu em tempos sombrios que a Europa e o seu própria País passaram. Ele viveu as duas grandes guerras e uma grande guerra civil que a Espanha teve logo quando ele foi ordenado no sacerdócio.
Ele esteve perto de morrer várias vezes e teve uma vida muito sacrificante com muitos percalços que a grande maioria de nós já teria desistido do grande propósito que foi a sua vida. Esse propósito foi encomendado por Deus à ele em outubro/1928 quando ele teve uma visão do que seria a sua missão de vida. Essa missão de vida é o trabalho que a Opus Deis faz hoje no mundo, que o próprio livro resume bem dessa maneira:
"A Obra que Deus lhe encomenda é plena e radicalmente secular; nada tem a ver com o afastamento do "mundo"; os seus membros têm de continuar e continuam a ser o que são, tanto no mundo como na Igreja; e, no entanto, dedicam-se totalmente a Deus, pois não há qualquer incompatibilidade entre a atividade e a liberdade de cidadãos e o ideal da santidade. Aí está a novidade, a mensagem, a boa-nova do Opus Dei."
Não foi fácil para ele e para os que o cercaram definir os plenos objetivos da Obra. Até o último suspiro ele trabalhou em prol da Igreja Católica levando os ensinamentos que todos nós poderíamos nos santificar e não apenas os religiosos que se afastam do mundo secular.
Logicamente que as mazelas do século XX o atingiu e ele foi bastante caluniado e difamado principalmente por não se posicionar politicamente sobre os problemas de sua época. O Padre tinha a seguinte posição ao ser questionado qual seria sua posição política:
"A serenidade do Padre nas horas mais dramáticas constitui a lição magistral de que a política é tão só uma das dimensões da vida humana; não a única, nem a suprema. Pode e deve haver opiniões políticas e é lícito apaixonar-se por elas, sem, porém, que isso justifique esquecer-se de Deus, descuidar da vida interior nem cair em ódios e sectarismos."
A história de vida desse homem é um claro exemplo de que o caminho para os objetivos que acreditamos do fundo do coração não é fácil, mas que precisamos perseverar e crer na providência divina de que com muito trabalho e amor no que fazemos, tudo é possível alcançar.
Finalizo com um ensinamento desse grande Santo que há poucos anos caminhou entre nós:
"Tendes de aprender a ser compreensivos e a desculpar. Muitas vezes protestai com motivo, e deveis ser ouvidos; noutras ocasiões não poderá satisfazer as vossas exigências, simplesmente porque não tomais em conta outras circunstâncias que vos escapam; e haverá também momentos em que não tendes razão nenhuma, e haveis de ter a honradez de reconhecê-lo. De qualquer modo, um protesto que não vai acompanhado do empenho de colaborar para dar uma solução aos problemas é uma queixa estéril."
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