Dia de conhecer mais um filósofo e pensador contemporâneo. Desse vez trata-se do aclamado espanhol José Ortega y Gasset (1883-1955).
A obra é um compilado de artigos que ele escrevou para prefácios de livros e artigos de jornal que trata sobre o tema Amor.
Um ponto que me chamou a atenção é que esses artigos eram publicados em jornais, portanto era dirigido para toda a população e todos conseguiam ler e refletir sobre o que o autor defendia. Hoje, quase 100 anos depois da publicação desses artigos (a maioria dos artigos foi públicado na década de 1920) eu tive uma certa dificuldade em captar o que o autor escreveu e talvez devo ter captado uns 35-40% do livro apenas. É uma prova clara de como a sociedade emburreceu de lá pra cá...
Segue um trecho do livro que demonstra como o autor consegue explicar com poucas palavras e de forma tão completa o que já sabemos, porém não conseguimos expressar.
O amor junta dois indivíduos em convivência tão estreita e absoluta, que não deixa entre eles distância para que se perceba a reforma que um produz sobre o outro. Sobretudo, a influência da mulher é atmosférica e, por isso mesmo, ubíqua e invisível. Não há maneira de preveni-la e evitá-la. Penetra pelos interstícios da cautela, atuando sobre o homem amado como o clima sobre o vegetal. Seus modos radicais de sentir a existência oprimem suave e continuamente as feições de nossa alma e acabam por transmitir-lhe seu peculiar contorno.
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