O livro que finalizei hoje está intrinsecamente ligado a história de uma santa francesa. Santa Margarida Maria Alacoque (1647-1690) foi uma monja visitandina que foi abençoada por receber uma manifestação do próprio Jesus Cristo que apareceu para ela em 1675.
Nessa aparição, Nosso Senhor apresenta o seu divino Coração que estava sendo negligenciado pelos homens, mesmo com o pleno amor que ele nos dedicou em sua Paixão. Com essa aparição iniciou-se a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
O livro foi escrito pelo Padre Jesuíta Jean Croiset (1656-1738) que atuou durante alguns anos como diretor espiritual da Santa Margarida.
O livro tem um teor mais teológico e prático onde o padre trata dos motivos que devemos ter essa devoção, os meios para adquirir a devoção e como se deve praticar, trazendo orações e meditações para todos os meses do ano.
Algumas passagens desse maravilhoso livro:
Todos os homens estavam mortos, diz o Apóstolo, pelo pecado de Adão, e Jesus Cristo morreu universalmente por todos os homens. Ninguém pode se defender do contágio de tão imenso mal, e todos puderam sentir o efeito de tão poderoso remédio. Esse amável Salvador entregou todo o seu Sangue pelos infiéis que não O conhecem, pelos hereges que n'Ele não creem e pelos fiéis que n'Ele creem e, ainda assim, recusam-se a amá-lo.
A partir do momento em que vivemos na tibieza, em tudo nos voltamos para nós mesmos, entramos em uma busca contínua pelo que pode nos dar prazer; é uma sutileza que algumas vezes se refina em algumas pessoas, é um amor-próprio que, por não estar enfraquecido pelos objetos exteriores, torna-se, pelo contrário, mais forte, fecha-se em si mesmo e dedica-se por inteiro a imaginar uma vida calma e cômoda.
Nunca é demais trabalhar bem cedo, e durante muito tempo, para acumular o bem que deixaremos para os outros, ou para construirmos uma vã reputação no mundo; e para o Céu, para possuir a felicidade eterna, afirmamos sempre ter tempo o bastante.
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