segunda-feira, novembro 04, 2024

São Bernardo


São Bernardo, de Graciliano Ramos (1892-1953), é um romance publicado em 1934 que explora temas como poder, solidão e a desumanização nas relações humanas. A narrativa é marcada pelo estilo direto e introspectivo do autor.

Paulo Honório, narrador e protagonista, conta a história de sua ascensão como fazendeiro e dono da fazenda São Bernardo, conquistada por meio de métodos questionáveis, incluindo manipulação e violência. Ambicioso e autoritário, ele busca progresso material a qualquer custo.

Paulo casa-se com Madalena, uma professora idealista, mas o casamento é marcado por conflitos. Incapaz de compreender o humanismo de sua esposa, ele a trata de forma fria e controladora. A relação deteriora-se, culminando no suicídio de Madalena, o que deixa Paulo imerso em culpa e solidão.

O livro tem como temas a ambição e moralidade, a desumanização pelo poder, o conflito entre idealismo e pragmatismo e a solidão e o arrependimento.

A obra é uma das mais importantes da literatura brasileira, destacando a crítica social e psicológica característica de Graciliano Ramos.

quinta-feira, outubro 31, 2024

Caetés


Caetés (1933), de Graciliano Ramos (1892-1953), é o romance de estreia do autor. A obra explora temas como frustração, hipocrisia e as limitações humanas, com uma narrativa introspectiva e irônica.

João Valério, um funcionário público em Palmeira dos Índios, no interior de Alagoas, apaixona-se por Luísa, esposa de seu chefe Adrião. Ele vive um dilema moral entre o desejo e o respeito pelas convenções sociais. A história mostra suas tentativas fracassadas de conquistar Luísa e de escrever um romance histórico sobre os Caetés, indígenas da região.

Ao longo do livro, João Valério revela-se um homem inseguro e medíocre, cuja vida é marcada por hesitações e falta de ação. A trama culmina em decepções pessoais e profissionais, refletindo a monotonia e o tédio da vida provinciana.

Os temas que permeiam o livro são o fracasso e a mediocridade humana, a hipocrisia social e uma crítica ao provincianismo.

O livro antecipa o estilo seco e introspectivo de Graciliano Ramos, consagrado em obras como Vidas Secas e São Bernardo.

domingo, outubro 27, 2024

A Queda de Gondolin


Continuando na saga de ler os três grandes contos da 1ª Era da Terra-Média, finalizo com A Queda de Gondolin lançada em 2018.

Nesse conto J.R.R. Tolkien, (1892-1973) narra a destruição da cidade secreta Gondolin, um dos contos mais antigos da mitologia da Terra Média. Foi o último livro editado por Christopher Tolkien (1924-2020).

Gondolin foi uma cidade construída em segredo pelos elfos liderados por Turgon, como um refúgio contra Morgoth. Tuor, um mortal guiado pelos Valar, chega a Gondolin e traz um aviso divino para Turgon sobre a necessidade de abandonar a cidade e Turgon recusa

Traído por Maeglin, sobrinho de Turgon, Morgoth descobre a localização de Gondolin e lança um ataque devastador com balrogs, dragões e orcs. Apesar da resistência heroica, a cidade é destruída. Tuor, sua amada Idril, e seu filho Eärendil fogem, garantindo a continuidade da linhagem que salvará a Terra Média no futuro.

O livro aborda traição, sacrifício e a luta contra o mal, destacando a fragilidade das criações élficas diante do poder de Morgoth.

É um dos pilares da mitologia de Tolkien, mostrando o impacto do conflito entre o bem e o mal e prenunciando eventos cruciais na história da Terra Média.

terça-feira, outubro 22, 2024

Beren e Lúthien


 Dias atrás li o Filhos de Húrin do J. R. R. Tolkien (1892-1973) que tinha lido na época do lançamento em 2007, que foi o último livro que tinha lido do autor.

Fui fisgado novamente pela grandiosidade que é este mundo que Tolkien deixou para nós que quis voltar a ler mais coisas desse mundo e fui atrás do Beren e Lúthien que foi lançado em 2017.

Que história linda!! Sendo uma das das mais belas histórias de amor da Terra Média. O conto integra o Silmarillion e foi recontado e editado por seu filho Christopher Tolkien a partir dos manuscritos do autor, contendo várias versões do conto e como o Tolkien foi desenvolvendo a história, mas que, infelizmente, não pode finalizá-la.

O conto narra a história de Beren, um homem mortal, que se apaixona por Lúthien, uma elfa imortal, filha do rei Thingol e da Maia Melian. Thingol, contrário à união, exige como dote que Beren recupere uma Silmaril da coroa de ferro do terrível Morgoth, o maior dos vilões.

Beren e Lúthien enfrentam perigos enormes, incluindo lobos gigantes e o próprio Morgoth. Com a ajuda de Huan, o cão imortal, e da coragem de Lúthien, eles conseguem retirar a Silmaril, mas a missão tem altos custos. Apesar das tragédias, o amor entre os dois supera até mesmo a barreira entre a vida e a morte.

A história aborda sacrifício, coragem, amor eterno e a luta contra o mal, sendo também uma alegoria pessoal de Tolkien, inspirado pelo amor entre ele e sua esposa, Edith.

É um dos contos fundadores da mitologia de Tolkien, revelando a profundidade e a beleza de sua construção narrativa.

domingo, outubro 20, 2024

Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes


Há anos que ouço falar bem desse livro, mas resisti bastante a lê-lo. Até que resolvi dar uma chance e realmente o livro é tudo isso mesmo que falam dele.

Escrito pelo norte americado Stephen Covey (1932-2012) o livro Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes (1989) aborda ideias sobre como estimular e nutrir a mudança pessoal. O livro também explora o conceito de eficácia na obtenção de resultados, a necessidade de foco na ética do caráter em vez da ética da personalidade na seleção de sistemas de valores. Conforme o nome, seu livro é apresentado por meio de sete hábitos que ele identificou como propícios ao crescimento pessoal.

Os hábitos são:

  1. Seja proativo: Assuma o controle da sua vida. Pessoas proativas concentram-se no "círculo de influência" (aquilo que podem controlar) em vez do "círculo de preocupação" (o que está fora do alcance). A responsabilidade por suas escolhas é sua.
  2. Comece com o objetivo em mente: Visualize claramente seus objetivos e alinhe suas ações ao que realmente importa. Crie um "princípio norteador" pessoal, como uma declaração de missão, para guiar decisões e atitudes.
  3. Faça primeiro o mais importante: Priorize tarefas importantes, evitando que o urgente tome o controle. Use a Matriz de Gestão do Tempo para focar no que é importante e não urgente (planejamento, aprendizado, relacionamentos).
  4. Pense ganha-ganha: Adote uma mentalidade de abundância nas relações, buscando benefícios mútuos. Relacionamentos eficazes baseiam-se em confiança, respeito e soluções colaborativas.
  5. Procure primeiro compreender, depois ser compreendido: A comunicação eficaz começa com empatia. Escute genuinamente para entender o ponto de vista do outro antes de expressar sua própria perspectiva.
  6. Crie sinergia: Valorize a diversidade e a colaboração para criar resultados melhores do que qualquer pessoa poderia alcançar sozinha. A sinergia surge quando as diferenças são aproveitadas como forças.
  7. Afine o instrumento:Invista no autocuidado físico, mental, emocional e espiritual. Este hábito é sobre renovação contínua para manter sua eficácia a longo prazo.

Covey organiza os hábitos em três áreas:

  • Vitória Pessoal: Hábitos 1, 2 e 3 (crescimento interno).
  • Vitória Pública: Hábitos 4, 5 e 6 (relacionamentos).
  • Renovação Contínua: Hábito 7 (equilíbrio e manutenção).

A obra combina práticas práticas com uma filosofia orientada por princípios, promovendo equilíbrio e realização duradoura.

sexta-feira, outubro 11, 2024

Os Filhos de Húrin


Os Filhos de Húrin é uma obra de J.R.R. Tolkien (1892-1973) sendo publicado postumamente em 2007, editado pelo filho de Tolkien, Christopher Tolkien, a partir de notas e manuscritos deixados pelo autor.

A história acontece na Primeira Era da Terra Média e foca-se na trágica vida dos descendentes de Húrin, um nobre humano que desafiou o poder do sombrio senhor Morgoth.

O protagonista principal é Túrin Turambar, o filho de Húrin. Húrin é capturado por Morgoth após a devastadora Batalha das Lágrimas Incontáveis (Nirnaeth Arnoediad). Recusando-se a trair os Elfos e os Homens, Húrin é amaldiçoado por Morgoth, que promete que a desgraça perseguirá sua família. Esta maldição dita o destino de Túrin e sua irmã Nienor.

Após a captura de Húrin, sua esposa Morwen decide enviar o filho Túrin para o reino dos Elfos de Doriath, governado pelo rei Thingol e pela rainha Melian, para sua proteção. Lá, Túrin cresce e se torna um grande guerreiro. No entanto, sua vida é marcada por tragédias, muitas vezes resultado de suas próprias ações impulsivas.

Túrin acaba por se exilar de Doriath após matar acidentalmente um dos conselheiros do rei Thingol. Ele adota o nome Turambar e tenta, repetidamente, fugir do seu passado e da maldição que o persegue. Ao longo de sua vida, Túrin enfrenta dragões, orcs e outros inimigos, mas não consegue escapar das desgraças que lhe são impostas.

Ao final do livro Morwen e Nienor, sem notícias de Túrin, partem em busca dele, mas acabam sendo capturadas por Glaurung, o dragão servente de Morgoth. Nienor perde a memória e, eventualmente, encontra-se com Túrin, sem que nenhum dos dois saiba que são irmãos. Eles acabam por se apaixonar e casar. No entanto, quando Glaurung é finalmente derrotado por Túrin, o dragão revela a verdadeira identidade de Nienor. Ao saberem da verdade, Nienor comete suicídio, e Túrin, devastado pela culpa e pela maldição de Morgoth, tira sua própria vida.

O livro aborda temas como o destino, a tragédia e as escolhas pessoais. O destino de Túrin parece inevitável desde o início, mas suas escolhas e ações também desempenham um papel importante na sua queda. É uma história profundamente trágica, onde o peso da maldição de Morgoth é omnipresente.

 Os Filhos de Húrin é uma das histórias centrais da Primeira Era, juntamente com os contos de Beren e Lúthien e a queda de Gondolin. Estas histórias estão compiladas de forma mais breve no Silmarillion.

Em suma, é um conto trágico sobre orgulho, destino e a luta de um homem contra forças muito maiores do que ele, num mundo onde o mal parece prevalecer.

terça-feira, outubro 08, 2024

A Nova Era e a Revolução Cultural


Dizerm que "Ler é Reler", então nada melhor que reler uma obra do nosso maior filósofo: Olavo de Carvalho (1947-2022).

Li a A Nova Era e a Revolução Cultural em março/2016 e é impressionamento que cada vez mais percebemos o quanto Olavo estava preciso em suas análises lá em 1994 quando a obra foi publicada pela 1ª vez.

A obra analisa a influência das ideias e movimentos associados à Nova Era na cultura contemporânea. O autor explora como essas correntes têm impactado a sociedade, a política e a espiritualidade, ressaltando as implicações de uma mudança de paradigma que busca substituir valores tradicionais por novas concepções de moralidade e conhecimento.

Os principais pontos abordados no livro incluem:

1. Definição da Nova Era: Olavo de Carvalho discute o que caracteriza a Nova Era, destacando suas origens e como ela se manifesta em diferentes aspectos da vida social e cultural, enfatizando suas raízes esotéricas e filosóficas.

2. Revolução Cultural: O autor argumenta que a Nova Era é parte de uma revolução cultural mais ampla, que visa transformar as estruturas sociais e os valores da sociedade ocidental, promovendo uma visão de mundo que desafia as tradições estabelecidas.

3.Crítica ao Relativismo: Carvalho critica o relativismo moral e a ideia de que todas as crenças são igualmente válidas, defendendo a necessidade de uma base objetiva para a moralidade e o conhecimento.

4.Influência na Educação e na Política: A obra analisa como as ideias da Nova Era permeiam sistemas educacionais e políticas públicas, afetando a formação de valores nas novas gerações e a condução de políticas sociais.

5.Resistência e Contraposição: Olavo discute a importância de uma resistência intelectual e cultural a essas mudanças, defendendo a necessidade de um retorno a princípios e valores que considera fundamentais para a sociedade.

Em resumo, "A Nova Era e a Revolução Cultural" é uma reflexão crítica sobre as transformações culturais e espirituais contemporâneas, apresentando uma perspectiva de defesa de valores tradicionais frente às inovações trazidas pela Nova Era, além de incentivar um debate sobre a direção que a sociedade está tomando.

quinta-feira, outubro 03, 2024

Cervejeira Venax 209L Blue Light


Já tinha um tempo que eu já vinha insatisfeito com a estrutura que eu tinha para gelar bebidas em dias de confraternização em casa.

O freezer congela demais e as bebidas ficam tendo que dividir espaço com as carnes. Na geladeira a bebida não esfria bem.

Para não passar mais esses sufocos em dias de festa, o jeito foi equipar mais a área de lazer com um equipamento que faz exatamente o que preciso: uma cervejeira!

Depois de pesquisar verifiquei que essa marca Venax estava sendo muito elogiada e melhor avaliada do que as marcas tradicionais. A fábrica fica em Venâncio Aires/RS e nada melhor que incentivar a indústria gaúcha nesse ano por causa dos problemas climáticas que eles passaram.

domingo, setembro 29, 2024

Felicidade Conjugal


Felicidade Conjugal é uma novela escrita por Liev Tolstói (1828-1910) que explora as complexidades e as nuances do casamento através da perspectiva de um casal, principalmente a de Masha, a protagonista. A obra é uma reflexão sobre o amor, a felicidade e as dificuldades que surgem na vida a dois.

A história diz respeito ao amor e casamento de uma jovem, Mashechka (17 anos), e do muito mais velho Sergey Mikhaylych (36 anos), um velho amigo da família. A história é narrada por Masha. Após um namoro que tem as características de uma mera amizade familiar, o amor de Masha cresce e se expande até que ela não consegue mais contê-lo. Ela o revela a Sergey Mikhaylych e descobre que ele também está profundamente apaixonado.

Se ele resistiu a ela foi por medo de que a diferença de idade entre eles levasse a muito jovem Masha a se cansar dele. Ele gosta de ficar quieto e quieto, ele diz a ela, enquanto ela vai querer explorar e descobrir mais e mais sobre a vida. Extasiados e apaixonadamente felizes, o casal imediatamente se compromete a se casar. Uma vez casados, eles se mudam para a casa de Sergey Mikhaylych. Ambos são membros da classe alta russa. Masha logo se sente impaciente com a ordem tranquila da vida na propriedade, apesar da poderosa compreensão e amor que permanece entre os dois.

Para amenizar sua ansiedade, eles decidem passar algumas semanas em São Petersburgo. Sergey Mikhaylych concorda em levar Masha a um baile aristocrático. Ele odeia a "sociedade", mas ela está encantada com ela. Eles vão de novo, e de novo. Ela se torna uma regular, a queridinha das condessas e príncipes, com seu charme rural e sua beleza. Sergey Mikhaylych, a princípio muito satisfeito com o entusiasmo da sociedade de Petersburgo por sua esposa, desaprova sua paixão pela "sociedade"; no entanto, ele não tenta influenciar Masha.

Por respeito a ela, Sergey Mikhaylych permitirá escrupulosamente que sua jovem esposa descubra a verdade sobre o vazio e a feiura da "sociedade" por conta própria. Mas sua confiança nela é prejudicada ao ver como ela está deslumbrada com este mundo. Finalmente, eles se confrontam sobre suas diferenças. Eles discutem, mas não tratam seu conflito como algo que pode ser resolvido por meio de negociação. Ambos ficam chocados e mortificados que seu amor intenso tenha sido subitamente questionado. Algo mudou. Por orgulho, ambos se recusam a falar sobre isso. A confiança e a proximidade se foram. Só resta uma amizade cortês.

Masha anseia por retornar à proximidade apaixonada que eles conheciam antes de Petersburgo. Eles voltam para o campo. Embora ela dê à luz filhos e o casal tenha uma vida boa, ela se desespera. Eles mal conseguem ficar juntos sozinhos. Finalmente, ela pede que ele explique por que ele não tentou guiá-la e direcioná-la para longe dos bailes e festas em Petersburgo. Por que eles perderam seu amor intenso? Por que eles não tentam trazê-lo de volta? A resposta dele não é a que ela quer ouvir, mas a acalma e a prepara para uma longa vida de confortável "Felicidade Familiar".

Com essa simples, mas bela narrativa, Tolstói explora temas como a busca pela verdadeira felicidade, a natureza do amor e as obrigações que vêm com o casamento. O autor também reflete sobre a dinâmica de poder entre os cônjuges e como isso pode afetar a relação. Ao longo da história, Masha enfrenta dilemas sobre seu papel como esposa e suas próprias aspirações, questionando o que realmente significa ser feliz em um casamento.

A obra culmina em uma série de reflexões sobre o perdão, a compreensão e a capacidade de encontrar alegria nas pequenas coisas da vida a dois. "Felicidade Conjugal" é, assim, uma análise profunda e realista das relações humanas, mostrando que a verdadeira felicidade pode ser encontrada no compromisso, na empatia e na aceitação das imperfeições do outro.

sábado, setembro 28, 2024

O Livro dos Juízes e o Livro de Rute: Cadernos de estudo bíblico


E lá vamos nós para a leitura do 3º livro da coleção de Estudos Bíblicos do escritor Scott Hahn (1957-)!

O Livro dos Juízes e o Livro de Rute: Cadernos de Estudo Bíblico é uma obra que explora as narrativas presentes nos livros de Juízes e Rute da Bíblia, oferecendo uma análise aprofundada e reflexões sobre os temas centrais, personagens e eventos.

No Livro dos Juízes, o foco está em um período de instabilidade em Israel, onde o povo enfrenta ciclos de desobediência a Deus, opressão por nações vizinhas, arrependimento e libertação através de juízes escolhidos por Deus. A obra destaca figuras como Débora, Gideão e Sansão, refletindo sobre a importância da liderança e da fidelidade a Deus em tempos difíceis.

O Livro de Rute, por sua vez, apresenta uma narrativa de lealdade, amor e redenção. Rute, uma moabita, demonstra um compromisso notável com sua sogra Noemi e, através de sua história, exemplifica a inclusão e a graça divina. A obra discute o papel de Rute na linhagem de Davi e, consequentemente, na genealogia de Jesus, enfatizando a importância de suas ações e a providência de Deus.

Esses cadernos de estudo bíblico servem como uma ferramenta para aprofundar a compreensão das Escrituras, oferecendo perguntas de reflexão e aplicações práticas para a vida moderna. A obra convida os leitores a contemplar a fidelidade de Deus e a resposta humana a essa fidelidade, destacando lições eternas que permanecem relevantes.

segunda-feira, setembro 16, 2024

A Exemplar Família de Itamar Halbmann


Mais um livro escrito pelo Curitibano Diogo Fontana (1980-) o livro A Exemplar Família de Itamar Halbman (2018) é um romance que explora as dinâmicas familiares e as complexidades das relações pessoais. O enredo gira em torno de uma família que, à primeira vista, parece perfeita e exemplar, mas que esconde segredos, conflitos e tensões internas.

A narrativa é centrada na vida dos personagens, mostrando suas interações cotidianas e os desafios emocionais que enfrentam. Halbmann utiliza uma linguagem envolvente para desvendar as camadas das relações familiares, expõe as expectativas sociais e o peso das aparências. A obra revela como as máscaras que as pessoas usam podem camuflar a verdade sobre suas vidas e sentimentos

Ao longo do livro, questões como amor, traição, perdão e a busca por identidade são abordadas, resultando em uma reflexão profunda sobre o que realmente significa ser uma “família exemplar”. A obra convida o leitor a pensar sobre as complexidades das relações que nos cercam e a importância da comunicação e do entendimento mútuo.

Com um estilo cativante e personagens bem desenvolvidos, "A Exemplar Família" se apresenta como uma leitura instigante que provoca uma série de questionamentos sobre a vida em família e as relações humanas, além de ser um livro que explica muito bem o que a sociedade brasileira está vivendo na última década em suas relações íntimas familiares.

quinta-feira, setembro 12, 2024

História do Brasil - Tomo I


A série de livros História do Brasil, do autor Padre Raphael Galanti (1840-1917), é uma obra que aborda a trajetória do Brasil desde o período pré-colonial até o início do século XX. O autor apresenta um panorama detalhado dos eventos históricos, sociais, culturais e econômicos que moldaram a nação brasileira.

No primeiro volume (de 1500 até 1624), Galanti narra a chegada dos portugueses ao Brasil, assim como o processo de colonização e a exploração dos recursos naturais. O livro discute a interação entre indígenas e colonizadores, a instalação das capitanias hereditárias e o desenvolvimento do sistema de produção colonial, incluindo a cana-de-açúcar e a escravidão africana.

Além disso, o autor destaca a influência da Igreja Católica na formação da sociedade brasileira e a luta pela independência. O Tomo I é rico em detalhes e análises, proporcionando ao leitor uma compreensão profunda das origens do Brasil e das bases que sustentaram a sua formação como nação.

A obra é uma importante contribuição para o estudo da história brasileira, revelando as complexidades e contradições desse processo histórico.

Um ponto interessante é que você pode procurar em qualquer programa didático atualmente que os atuais livros não irão considerar as intervenções diretas de Deus nos principais acontecimentos desses 500 anos de nação. E aqui temos um padre jesuíta que possui imprimatur da autoridade eclesiástica, ou seja, podemos ler sem o receio de estar sendo manipulado.

Para o autor, a verdadeira história deve inspirar-se nos modelos da antiguidade clássica, onde as narrativas conduzem o leitor a sentir com ele as emoções de cada época, junto a uma visão integral que contemple a exploração das fontes históricas unida à visão transcendente da finalidade mesma da História.

domingo, setembro 01, 2024

Madame Bovary

Uma magistral obra escrita pelo francês Gustavo Flaubert (1821-1880), Madame Bovary (1856) é  a obra seminal do realismo literário considerado a obra-prima de Flaubert e uma das obras literárias mais influentes da história.

A história é a da esposa de uma médica provinciana, Emma Bovary, que inicia relacionamentos adúlteros e vive além de suas posses para escapar do tédio, da banalidade e da mediocridade da vida provinciana.

O livro incia contando a história de um oficial de saúde, Charles Bovary, que depois de estudar medicina na juventude, casa-se com uma mulher mais velha que ele, Héloïse Dubuc, que, no entanto, morre prematuramente. Tendo ficado viúvo, ele se casa novamente com uma bela camponesa , Emma Rouault, imbuída de desejos de luxo e romance, anseios que vêm da leitura de romances. Charles vem de uma família rica e é um homem decente, mas também é chato e desajeitado. Ele dispensa todo tipo de caprichos à jovem esposa, que, no entanto, embora não demonstre, começa a ficar cada vez mais entediada com sua monótona vida de casada, muito diferente do que imaginava ao ler romances românticos .

O desprezo de Emma é ainda reforçado pela comparação com o estilo de vida dos aristocratas ricos: o casal é de fato convidado para um baile no castelo de Vaubyessard, propriedade do Marquês de Andervilles. Aproveitando a lembrança dos requintes que pôde desfrutar durante uma noite, Emma perde todo o interesse pelos seus passatempos e cai num estado de inércia que preocupa muito o marido. Ele, esperando que uma mudança de cenário possa beneficiar a saúde física e mental de sua esposa, decide mudar-se de Tostes para Yonville, onde há uma vaga disponível para médico. Em março, quando os dois deixam Tostes, Emma já está grávida.

Em Yonville, Emma aceita o namoro de uma das primeiras pessoas que conhece, um jovem estudante de direito, Léon Dupuis, que parece partilhar com ela o gosto pelas “coisas boas da vida”. Quando Léon sai para estudar em Paris, Emma inicia um relacionamento com um rico proprietário de terras , Rodolphe Boulanger. Confusa com seus anseios românticos imaginativos, Emma elabora um plano para fugir com ele. Rodolphe, porém, não está disposto a abandonar tudo por uma de suas amantes. Ele então quebra o acordo na noite anterior à fuga planejada, por meio de uma carta no fundo de uma cesta de damascos. O choque é tamanho que Emma fica gravemente doente e por algum tempo se refugia na religião.

Uma noite, em Rouen , Emma e Charles vão à ópera e a mulher reencontra Léon. Os dois iniciam um relacionamento: Emma viaja toda semana para a cidade para conhecê-lo, enquanto Charles acredita que ela tem aulas de piano . Ao mesmo tempo, Emma está gastando somas exorbitantes de dinheiro . Entretanto as suas dívidas atingem valores explosivos e as pessoas começam a suspeitar de adultério . Depois que seus amantes recusaram seu dinheiro para pagar suas dívidas, Emma engole uma dose de arsênico e morre, dolorosa e lentamente. O leal Charles fica chocado, principalmente porque encontra as cartas que Rodolphe escreveu para Emma. Depois de pouco tempo ele também morre e a filha do casal fica órfã.

quarta-feira, agosto 28, 2024

Eugenia e Outros Males


Diferente do último livro que li do Chesterton (1874-1936) o Eugenia e Outros Males (1922) foi um pouco mais fácil de entender, mas ainda assim é um desafio captar tudo que o autor quer dizer.

Trata-se de um livro que lida diretamente com o problema que é apresentado em seu título, e que era a "praga científica" da época. Em nome da ciência, uma tirania se erguia na Europa e Chesterton foi uma das nobres vozes que abertamente enfrentou essa moda intelectual em nome das coisas antigas e perenes.

O livro é dividido em duas partes. Na primeira, o autor busca expor o que é a eugenia e quais são os problemas em tal teoria. Na segunda, tenta apontar para as raízes do problema, o que o ensejou de fato.

O autor começa definindo a eugenia como o controle da parte de uma minoria sobre o casamento, o sexo e a procriação da maioria. É claro que muitos douram a pílula e a apresentam como uma forma de se preocupar com a posteridade e o caminho para um futuro mais próspero e feliz. Mas, no final das contas, trata-se de tal tipo de controle. O suposto fundamento moral está fundamentado na ideia de que se deve considerar o bebê inexistente antes do par presente. Com isso, converte-se o patife de outrora em herói, pois qualquer 'defeito' encontrado no noivo ou noiva, ou mesmo no cônjuge, será justificativa plausível e mais do que justa para abandoná-lo.

Para o autor, a eugenia não era mais uma ameaça futura, mas uma ameaça presente, pois seu veneno já corria pelas veias das leis. Ela havia se iniciado por meio das leis dos débeis-mentais, que deveriam ser trancafiados e impedidos de procriarem-se. O problema é que não havia uma definição precisa e técnica sobre o que era uma tal pessoa louca. Na verdade, havia uma definição tão genérica e abrangente que poderia condenar qualquer um que os médicos quisessem. Dizer que se tratava de alguém que não agisse de forma racional em momentos de pressão, ou que não fosse prudente, deixa, na melhor das hipóteses, quase todo mundo sob suspeita. E para piorar, quando se questionava quem é que deveria exercer a autoridade para implantar as medidas eugênicas, encontrava-se um grande problema, pois os médicos não concordavam entre si na definição de quem era o louco, de tal poder dado aos médicos criaria uma condição de inevitável conflito de poder. Toda essa instabilidade constitui um estado de anarquia, a qual Chesterton define como uma normalização da exceção, como um rompante incessante e incessável, em uma incapacidade de se retomar o estado de normalidade após se exercer uma medida extrema. E esse era o destino da legislação eugênica, que tenderia cada vez mais à viabilização da tirania e à subversão da normalidade civil.

Chesterton também dirige suas críticas diretamente à própria teoria, demonstrando que a hereditariedade, embora inegável, estava eivada de mistérios, pois não é fácil precisar exatamente o que foi herdado do pai ou da mãe, e em que medida isso se deu, ou mesmo se veio de uma ancestralidade ainda maior - o autor já admitia as noções de genes recessivos.

Para finalizar a primeira parte, Chesterton observa que essa tirania dos eugenistas era pior do que as antigas tiranias, pois sua proposta era a de tolher liberdades fundamentais em nome de uma experiência, para verificarem suas hipóteses, e não por alguma convicção. Isso faz com que a nova tirania e perseguição seja feita não para se ensinar algo à força, ou por se acreditar em algo, mas para tentar aprender algo com o 'sacrifício imposto' do outro. Com efeito, a ciência moderna havia se tornado a nova religião, e usava o "poder temporal" para se fazer valer. Entretanto, esta era uma 'igreja estabelecida na dúvida', e não em convicções - o que, por si só, tornava o experimento um abuso colossal.

Na segunda parte, Chesterton começa com um interessantíssimo tratamento da condição progressista que vê os acontecimentos pregressos, primeiramente como males necessários e depois como bens providenciais. Em suma, ha uma atitude típica de impenitência, onde as pessoas se recusam a admitir que erraram, em que assumem como inalterável o processo que se deu no passado e culminou no presente. Para tal, precisam até mesmo falsificar a história ou obliterar as partes que incomodam. E a parte que incomoda a ser destacada pelo autor é a questão da origem dos pobres.

É nesse contexto que surge a proposta eugênica. Afinal, a exploração dos pobres ao máximo acabou por torná-los tão miseráveis que se tornaram maus empregados, entregues à bebida e à promiscuidade, que são os prazeres acessíveis à sua condição deplorável. Assim, com muitos filhos para criarem e sem condições de o fazer, acabam debilitando sua própria saúde e, sendo isso uma condição generalizada, prejudicam a própria produção. Os ricos e empresários, então, pensaram em uma forma de erradicar a pobreza pela eliminação do pobre, e isso de forma velada: a eugenia.

Os últimos capítulos da segunda parte são destinados a analisar as forças que ainda podem se contrapor aos avanços totalitários da eugenia.

Em seguida, o autor fala sobre o socialismo. Ele se opõe ao socialismo por conta de sua concepção a respeito da propriedade privada, que lhe parece questão de honra - embora, temos de nos lembrar que o autor pensa nisso em termos distributivistas. Nosso filósofo inglês observa que há uma disputa entre liberais e socialistas no que diz respeito à importância da liberdade e da igualdade. Entretanto, o atual estado promoveu toda a privação das liberdades que há no socialismo sem promover qualquer igualdade prometida. Portanto, nem mesmo o socialismo pode surgir como rival da tirania eugenista.

Por último, Chesterton fala sobre a sacralidade da propriedade doméstica, que é encarada com afetuosidade como um deus do lar entre os antigos. Chesterton nota que o ideal de família e do trabalho para sustentá-la estão sendo altamente aviltados pela situação do trabalhador moderno, que não tem nenhuma segurança no seu ofício, sendo despedido como um ninguém, ao mesmo tempo que é vigiado de perto dentro de sua própria casa pelos tentáculos totalitarista do Estado. Priva-se o indivíduo, pois, de sua propriedade e de sua liberdade.

sexta-feira, agosto 23, 2024

O Livro do Êxodo: Cadernos de estudo bíblico


Foi tão prazerosa a leitura do 1º livro da coleção de Estudos Bíblicos do escritor Scott Hahn (1957-) que rapidamente parti para o 2º livro e terminei ele em 4 dias!

Nesse volume temos o livro do Êxodo que narra a história de Moisés desde o seu nascimento até a entrega das tábuas dos 10 mandamentos.

Novamente o livro é excelente com vários comentários que elucidam bastante o que Deus quis fazer com o seu povo e o contexto que o Egito vivia à época dando bastante certeza que Moisés existiu e que os fatos apresentados pela Sagrada Escritura são verdadeiros não só ponto teológico, mas também histórico.

segunda-feira, agosto 19, 2024

O Desconcerto do Mundo


Mais um livro lido do genial Gustavo Corção (1896-1978) e dessa vez trata-se de um conjunto de três ensaios que tratam da mesma temática.

No 1º, que dá à obra o título colhido na Lírica de Camões, o autor procura desvendar em que consiste o “desconcerto” de que tanto se queixa o poeta, e tenta fazer um paralelo entre a experiência poética e a mística, valendo-se principalmente da poesia de Camões.

No 2º ensaio vêm diversos estudos de alguns aspectos das obras de Machado de Assis e Eça de Queirós, merecendo especial atenção a interpretação dada para o pessimismo e ceticismo de Machado.

No 3º, são os pintores que comparecem com seus problemas; o autor apresenta a sucessão de escolas, correntes, buscas, tentativas, como uma sucessão de manifestações que se completam e como uma Exposição Universal que se prepara para o dia do Juízo Final.

Debaixo da diversidade de assuntos nós encontramos a unidade do problema central, que é a pungente interrogação que todos os artistas de todos os tempos põem em suas obras, cada um com seus recursos, resumido na sentença: “De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?”.

domingo, agosto 18, 2024

Paróquia Santo Antônio


Dia de conhecer mais uma paróquia e dessa vez foi em Maragogi/AL.

Aproveitando as férias que estamos passando no Resort de Salinas, viemos assistir a missa dominical na Igreja Matriz da cidade.

Pelo que pude pesquisar a Paróquia é antiga, sendo construída em meados de 1875, quando a cidade ainda era uma vila chamada Isabel (em homenagem a nossa Princesa).


O presbitério é bem simples, mas bem ornado remetendo as igrejas tradicionais do séc XIX.

Tem como santo padroeiro o nosso famoso Santo Antônio (sendo também padroeiro da cidade), inclusiva a praça de frente a paróquia leva o seu nome com a sua estátua.



terça-feira, agosto 13, 2024

O Livro do Gênesis: Cadernos de estudo bíblico


Já tem um tempo que tento me dedicar a leitura sistemática da Bíblia, porém sem alcançar o resultado que almejo que é tentar entender a luz da doutrina católica, sem cair no erro protestante de eu mesmo tentar entender sozinho o que a palavra de Deus quer dizer para nós.

Creio que com essa séria de Cadernos de Estudos Bíblicos escrito pelo Scott Hahn (1957-) pode fazer com que eu me aproxime mais da Sagrada Escritura de forma sistemática com o auxílio dos santos padres que já interpretaram as passagens para nós.

Além disso, esse Caderno traz também uma contextualização de como o Livro Sagrado foi escrito e os locais que se passa a história.

Mesmo já tendo lido o livro Gênesis outras vezes (creio que é o livro que mais li da Bíblia), esse Caderno de Estudos trouxe alguns pontos que eu não tive o discernimento de entender sozinho e que agora ficaram mais claros para mim.

domingo, agosto 11, 2024

A Ladeira da Memória

Nunca tinha ouvido falar do escritor José Geraldo Vieira (1897-1977) e que grata surpresa eu tive em ler o seu romance A Ladeira da Memória (1950).

Enquanto a maioria dos escritores da sua época escreviam sobre o interior do Brasil, José Geraldo Vieira optava por uma escrita de cunho mais universal. A Ladeira da Memória, foge um pouco da ambientação europeia, muito comum em outros romances, ficando mais ambientada no Rio de Janeiro e interior de São Paulo.

A história é escrita no período da 2ª Guerra Mundial e conta história de amor proibido entre Jorge e Renata. Só que se trata de um tipo de romance que confesso que nunca vi entre os autores brasileiros, um tipo de amor não envolto em paixões carnais, mas um pouco mais sublime, do tipo sacrificial. Renata é casada, e Jorge, além de médico, escreve romances (autobiográfia do autor), Renata vive entre um dilema de manter um casamento, tendo em vista a sua visão de sacralidade e deveres conjugais para com seu marido, que quase nunca se faz presente e o amor que alimenta por Jorge.

O romance segue até que se descobre que Renata tem tuberculose (doença fatal na época) temos aí um grande momento de como o destino pode influenciar na vida das pessoas, o cenário descrevendo a morte de Renata é um dos momentos mais dramáticos e bem descritos do livro. O título da obra "Ladeira da Memória" remete a uma rua descrita pelo tio de Jorge, sobre as cenas do seu casamento, o desembargador Rangel convida após o drama da morte de Renata a subir a Ladeira da Memória, para desse modo resgatar a sua própria alma que se foi com sua amada.

terça-feira, julho 30, 2024

O Homem Eterno


Dizem que ler Chesterton (1874-1936) na sua língua original (inglês) já não é fácil, ler então as suas traduções torna ainda mais desafiadora a compreensão.

O Homem Eterno é um livro de apologética cristã publicado em 1925. É, até certo ponto, uma refutação deliberada de uma obra de H. G. Wells, contestando as representações de Wells da vida humana e da civilização como um desenvolvimento contínuo da vida animal e de Jesus Cristo como meramente outra figura carismática.

Chesterton detalhou sua própria jornada espiritual na Ortodoxia, mas neste livro ele tenta ilustrar a jornada espiritual da humanidade, ou pelo menos da civilização ocidental.

De acordo com os contornos evolucionários da história propostos por Wells e outros, a humanidade é simplesmente outro tipo de animal e Jesus foi um ser humano notável, e nada mais. A tese de Chesterton, conforme expressa na Parte I do livro ('Sobre a Criatura Chamada Homem'), é que se o homem é realmente e desapaixonadamente visto simplesmente como outro animal, somos forçados a concluir que ele é um animal bizarramente incomum.

Na Parte II ('Sobre o Homem Chamado Cristo'), Chesterton argumenta que se Jesus é realmente visto simplesmente como outro líder humano e o Cristianismo e a Igreja são simplesmente outra religião humana, somos forçados a concluir que ele foi um líder bizarramente incomum, cujos seguidores fundaram uma religião e Igreja bizarramente e milagrosamente incomuns. "Eu não acredito", ele diz, "que o passado seja mais verdadeiramente retratado como algo em que a humanidade simplesmente desaparece na natureza, ou a civilização simplesmente desaparece na barbárie, ou a religião desaparece na mitologia, ou nossa própria religião desaparece nas religiões do mundo. Em suma, eu não acredito que a melhor maneira de produzir um esboço da história seja apagar as linhas."

sábado, julho 13, 2024

Empatia Assertiva


Livro de liderança escrito por uma ex-executiva da Apple e do Google, Kim Scott, Empatia Assertiva define o termo franqueza radical como feedback que incorpora elogios e críticas. Ao contrário da transparência radical ou da honestidade radical, a autora diz que o princípio de gestão da franqueza radical envolve “cuidar pessoalmente enquanto desafia diretamente”. O livro foi publicado pela primeira vez em 2017.

Para explicar o conceito de franqueza radical, Scott apresenta o que ela chama de bússola para conversas francas e define os quatro comportamentos seguintes nos quais os gestores se incorrem ao dar feedback.

Agressividade Ofensiva, também chamada de honestidade brutal ou facada frontal, é o que acontece quando os gerentes desafiam os funcionários diretamente, mas não demonstram que se importam com os indivíduos pessoalmente. Inclui elogios insinceros e críticas pouco gentis.

Insinceridade Manipuladora, também conhecida como traição ou comportamento passivo-agressivo, é o que acontece quando os gerentes não se importam pessoalmente nem desafiam diretamente. Seus elogios são insinceros na cara de uma pessoa e suas críticas são duras pelas costas de uma pessoa.

Empatia Nociva ruinosa é quando os gerentes se importam com os indivíduos pessoalmente, mas falham em desafiar os funcionários diretamente. Inclui elogios que não são específicos e críticas que são açucaradas e pouco claras.

Empatia Assertiva radical é o que acontece quando os gestores demonstram que se importam pessoalmente com os funcionários, ao mesmo tempo que os desafiam diretamente com um feedback claro e gentil, que não é agressivo ou insincero.

Para fornecer exemplos de cada tipo de comportamento, o livro apresenta histórias da época em que Scott trabalhava e liderava equipes no Vale do Silício. Esse é um dos problemas do livro para nós brasileiros, pois são exemplos um pouco fora da realidade das nossas empresas e principalmente do setor em que trabalho.

domingo, junho 30, 2024

A Última Superstição: Uma Refutação do Neoateísmo


Escrito pelo filósofo norte-americado Edward Feser (1968-) o livro tem como tema central a guerra que tem havido durante vários séculos entre a ciência e a religião, que a religião tem vindo a perder constantemente essa guerra e que neste momento da história humana, uma explicação científica completamente secular do mundo foi elaborada com detalhes tão completos e convincentes que não há mais qualquer razão para que uma pessoa racional e educada considere as reivindicações de qualquer religião minimamente dignas de atenção.

Mas como o autor argumenta nessa grande obra, na verdade não há, e nunca houve, nenhuma guerra entre ciência e religião. Em vez disso, houve um conflito entre duas concepções inteiramente filosóficas da ordem natural: por um lado, a visão "teleológica" clássica de Platão, Aristóteles, Agostinho e Aquino, na qual o propósito ou direcionamento de objetivo é uma característica tão inerente do mundo físico quanto a massa ou a carga elétrica; e a visão "mecânica" moderna de Descartes, Hobbes, Locke e Hume, segundo a qual o mundo físico é composto de nada mais do que partículas sem propósito e sem sentido em movimento.

Acontece que, na imagem teleológica clássica, a existência de Deus, a imortalidade da alma e a concepção de moralidade da lei natural são racionalmente inevitáveis. O ateísmo e o secularismo modernos sempre dependeram crucialmente para suas credenciais racionais da insinuação de que a imagem moderna e mecânica do mundo foi de alguma forma estabelecida pela ciência.

Além disso, como Feser mostra, os argumentos filosóficos a seu favor dados pelos primeiros filósofos modernos eram notáveis ​​apenas por serem surpreendentemente fracos. As verdadeiras razões para sua popularidade eram então, e são agora, principalmente políticas: era uma ferramenta pela qual os fundamentos intelectuais da autoridade eclesiástica podiam ser minados e o caminho aberto para uma nova ordem social secular e liberal orientada para o comércio e a tecnologia.

No entanto, essa imagem filosófica moderna não é apenas racionalmente infundada, ela é demonstravelmente falsa. Pois a concepção “mecânica” do mundo natural, quando elaborada consistentemente, absurdamente implica que a racionalidade, e de fato a própria mente humana, são ilusórias. A chamada “visão de mundo científica” defendida pelos Novos Ateus, portanto, inevitavelmente mina seus próprios fundamentos racionais; e, além disso, mina também os fundamentos de qualquer moralidade possível.

Em contraste, e como o livro demonstra, a imagem teleológica clássica da natureza pode ser vista encontrando uma confirmação poderosa em desenvolvimentos da filosofia, biologia e física contemporâneas; além disso, a moralidade e a própria razão não podem ser entendidas separadamente dela. A visão teleológica dos antigos e medievais é, portanto, racionalmente justificada – e com ela a visão de mundo religiosa que eles basearam nela.

Saldo Fim de Mês da Coleção de Jogos


A última vez que tinha registrado a evolução da coleção de jogos foi há quase um ano atrás em julho/23.

Nesses 11 meses entraram mais 10 jogos na coleção, quase todos adquiridos no fim do ano passado e no último mês. Portanto, resolvi atualizar o controle dessas últimas aquisições até o momento.

O motivo de não ter atualizado com a frequência mensal que eu fazia e que fiquei bastante tempo sem jogar e mesmo os jogos esporádicos que comprei, eu joguei muito pouco. Como voltei a jogar um pouco mais nas últimas semanas, resolvi atualizar.

Houve a "baixa" de um jogo de PC, porque comprei a mesma versão do jogo para o Switch que foi o The Talos Principle.





domingo, junho 23, 2024

Star Wars Jedi: Survivor


Há quase 3 anos eu terminava o Star Wars Jedi: Fallen Order e hoje eu termino a sua sequência o Star Wars Jedi: Survivor.

O jogo segue a mesma mecânica do primeiro (um souls-like misturado com metroidvania) e como gostei demais do 1º jogo e depois de um ano sem jogar (o último jogo que finalizei foi em junho/23), resolvi voltar a jogar exatamente com a sequência dele.

Como é de praxe, a mecânica de combate está mais ampla com mais movimentos e uma novidade que seriam as posturas do sabre de luz. O combate continua sendo muito prazeroso e os mapas bem interessantes para serem desbravados.

Para quem é fã da franquia é um jogo mais do que obrigatório!

segunda-feira, abril 01, 2024

Aparições de Nossa Senhora


Um livro que serve de uma excelente fonte de consulta para quem quiser saber sobre as comprovadas aparições que Nossa Senhora já nos fez até hoje.

Escrito pela norte-americana Joan Carroll Cruz (1931-2012) e publicado no ano de sua morte o livro é uma coleção incrível de aparições aprovadas da Virgem Maria.

Abrangendo 23 países e dois milênios, as visões narradas aqui mostram o profundo amor de Maria pela humanidade, seu Filho e a Igreja. Joan Carroll Cruz pesquisou meticulosamente cinquenta aparições de Nossa Senhora. Há aparições menos conhecidas, como Nossa Senhora de La Vang no Vietnã e Nossa Senhora de Las Lajas na Colômbia, até as mais famosas como em Fátima, Lourdes e Guadalupe.

Aprovados pelos bispos locais ou pelo Vaticano, esses milagres mostram o grande amor de Maria pelo homem, sua constante intercessão em nosso favor e seu papel como protetora da Igreja.

sábado, março 30, 2024

O Mercador de Veneza


E lá vamos mais de William Shakespeare (1564-1616) com a 5ª obra que leio do dramaturgo inglês: O Mercador de Veneza (escrita em torno de 1598), narra a história de um comerciante de Veneza chamado Antonio que deixa de pagar um grande empréstimo feito em nome de seu querido amigo, Bassanio, e fornecido por um agiota judeu, Shylock, com consequências fatais aparentemente inevitáveis.

Bassanio, um jovem veneziano de nobreza, deseja cortejar a bela e rica herdeira Pórcia de Belmont. Tendo esbanjado sua propriedade, ele precisa de 3.000 ducados para subsidiar suas despesas como pretendente. Bassanio aborda seu amigo Antonio, um rico comerciante de Veneza, que o salvou anteriormente e repetidamente. Antonio concorda, mas como ele está sem dinheiro — seus navios e mercadorias estão ocupados no mar para Trípolis, as Índias, México e Inglaterra — ele promete cobrir uma fiança se Bassanio puder encontrar um credor, então Bassanio recorre ao agiota judeu Shylock e nomeia Antonio como fiador do empréstimo.

Antonio já antagonizou Shylock por meio de seu anti-semitismo declarado e porque o hábito de Antonio de emprestar dinheiro sem juros força Shylock a cobrar taxas mais baixas. Shylock a princípio reluta em conceder o empréstimo, alegando os abusos que sofreu nas mãos de Antonio. Ele finalmente concorda em emprestar a quantia a Bassanio sem juros, com uma condição: se Antonio não puder reembolsá-la na data especificada, Shylock poderá ficar com meio quilo da carne de Antonio. Bassanio não quer que Antonio aceite uma condição tão arriscada; Antonio fica surpreso com o que considera a generosidade do agiota e assina o contrato. Com o dinheiro na mão, Bassanio parte para Belmont com o amigo Gratiano.

O clímax da peça se passa na corte do Duque de Veneza. Shylock recusa a oferta de Bassanio de 6.000 ducados, o dobro do valor do empréstimo. Ele exige seu quilo de carne de Antonio. O duque, desejando salvar Antonio, mas não conseguindo anular o contrato, remete o caso a um visitante. Ele se identifica como Balthazar, um jovem "doutor da lei", que carrega uma carta de recomendação ao duque do erudito advogado Bellario. A médica é Portia disfarçada, e a escriturária que a acompanha é Nerissa, também disfarçada de homem. Como Balthazar, Portia, em um famoso discurso, pede repetidamente a Shylock que mostre misericórdia, aconselhando-o que a misericórdia "é duas vezes abençoada: / Abençoa aquele que dá e aquele que recebe". No entanto, Shylock recusa veementemente qualquer compensação e insiste na libra de carne.

Enquanto o tribunal concede a Shylock sua fiança e Antonio se prepara para a faca de Shylock, Portia habilmente se apropria do argumento de Shylock para "desempenho específico". Ela diz que o contrato permite que Shylock remova apenas a carne , e não o sangue, de Antonio. Assim, se Shylock derramasse qualquer gota de sangue de Antonio, suas "terras e bens" seriam confiscados pelas leis venezianas. Ela diz a ele que ele deve cortar exatamente meio quilo de carne, nem mais, nem menos; ela o avisa que "se a balança mudar / Mas na estimativa de um fio de cabelo, / Você morrerá, e todos os seus bens serão confiscados".


sexta-feira, março 29, 2024

Se Houvesse um Homem Justo na Cidade


Escrito pelo Curitibano Diogo Fontana (1980-) o livro Se Houvesse Um Homem Justo na Cidade (2022) é um excelente livro com uma leitura bem envolvente que vai ficando cada vez mais dramático na medida que evolui.

É a história de uma família venezuelana que com sobrenome e intelecto acabaram por perder tudo. É mostrada, acima de tudo, a realidade mental, as frustrações e os sentimentos de um professor inteligente ao qual acaba por padecer na saúde mental, física e financeira junto com sua mãe e irmão ao qual pensa diferente mostrando embates entre os dois com a família perdendo tudo por causa do regime Chavista, mostrando como era antes, durante e depois.

O irmtão, que mesmo sendo culto, erudito e com boa posição social, foi incapaz de convencer seu próprio irmão quanto à torpeza e perversidade do governo Chaves/Maduro. Assistiu à decadência do seu povo e à sua própria, forçado a emigrar para o Brasil, enfrentando a miséria extrema.

O autor acerta na maneira de abordar os infortúnios pelos quais os venezuelanos foram submetidos. Mostra, de maneira detalhada, mas sem ser enfadonha, a decadência da sociedade e das realidades individuais (desmantelamento da família central da história). Mostra os efeitos físicos e psicológios nos cidadãos venezuelanos e as angústias e tristezas causadas pela implantação da ditadura no país.

quarta-feira, março 20, 2024

Catequeses de Santo Tomás de Aquino


Primeira obra que leio do grande Santo Tomás de Aquino (1225-1274). A obra em si são tratados dogmáticos escritos ao longo da vida do santo italiano e a editora Minha Biblioteca Católica reuniu em um livro nomeado de Catequeses de Santo Tomás de Aquino.

O livro traz os comentários ao Credo explicando os seus 12 artigos, comentários das 7 petições da oração Pai-Nosso, comentários da oração Ave-Maria, uma apresentação detalhada dos 10 mandamentos e a hierarquia entre eles e um artigo sobre os 7 sacramentos e os efeitos deles na alama e as heresias condenadas pela Igreja.

Todos os tratados são extremamente bem redigidos e serve como um excelente guia catequético para quem está iniciando na Religião Católica ou para quem precisa relembrar o básico que devemos seguir.

terça-feira, março 19, 2024

Picross S5


Depois de 9 meses de ter terminado o 4º jogo da série, hoje finalizo o Picross S5. Foram 60 horas em 485 puzzles jogados.

A novidade dessa edição foi contabilizar o tempo que o jogador levou para terminar todos os puzzeles de um modo e o tempo total que levou para terminar todos os puzzles. Esse contador foi incluído em todas as outras edições aneriores.

sábado, fevereiro 24, 2024

Lições de Abismo


Mais um livro lido do fantástico Gustavo Corção (1896-1978), sendo o seu único romance.

Publicado em 1950, o romance tem a forma do diário de um homem que está a beira da morte. O personagem principal (José Maria) é diagnosticado com leucemia, sendo-lhe previstos no máximo mais três meses mais de vida. A partir dessa notícia, José Maria começa a anotar pequenas ocorrências de seu cotidiano e as cada vez mais frequentes viagens interiores que empreende.

Lembra muito Brás Cubas de Machado de Assis, porém o narrador de Lições de Abismo ainda se encontra vivo, mas sabendo da iminente morte.

A força do autor está no discurso cheio de poesia e de raciocínios inesperados, desconcertantes. O conteúdo dramático, espalha-se em meio à constante digressão. Mesmo assim, esperam pelo leitor surpresas e revelações nas páginas que antecedem imediatamente ao desfecho, e daquelas bem tipicamente romanescas: adultério explicado, filho que não é filho.

Sem dúvida, o grande recado que Corção desenha nesta obra é a necessidade de conhecer-se. Algo tão acessível, como difícil; não por complexidade técnica, mas porque implica desnudar a verdade e, consequentemente, alavanca a obrigação de se corrigir, de mudar. “Não há maior fragilidade do que essa da pessoa que sobre si mesma se engana. Mormente quando esse engano‚ é arquitetado e sistemático. Consegue-se tudo, facilmente, da pessoa que vive representando um papel de sua invenção. Basta entrar no jogo. O ator solitário logo se anima quando um outro pega a sua deixa”.

Uma leitura fascinante que requer tempo para saborear, para pensar. E tomar notas. E voltar sobre as páginas, nem que seja para degustar o belíssimo e elegante uso de língua portuguesa. Sem pressa, como numa conversa de bar. A pressa, inimigo mortal da reflexão, que Gustavo Corção incarna até no modo de tomar um café: “Antigamente, o café‚ era lugar de passatempo vadio. Por um tostão alugava-se um camarote para o espetáculo da rua, ou instalava-se por meia hora uma tertúlia literária. Hoje, com a generalização do serviço a infusão perdeu a nobreza que tinha, e que consistia precisamente em servir de pretexto a coisas mais altas. O café‚ era secundário, era subordinado, mas ha certas subordinações que conferem maior dignidade que a autonomia. Hoje o café é autônomo. Toma-se por ele mesmo, com a frieza racional e funcional com que se ingere uma laxante ou um analgésico. Toma-se um café, egoísta, solitário, vertical”.

domingo, fevereiro 18, 2024

Emburrecimento Programado


Escrito pelo professor norte-americado John Taylor Gatto (1935-2018), o livro Emburrecimento Programado (1992) é uma coleção de ensaios onde o professor propõe que uma mudança radical é necessária no sistema educacional americano para reverter a socialização negativa que as crianças recebem.

Gatto afirma que a escola confunde os alunos, apresentando um conjunto incoerente de informações que a criança precisa memorizar para permanecer na escola. Tirando os testes e ensaios, esta programação é semelhante à televisão; ocupa quase todo o tempo livre das crianças. Alguém vê e ouve algo, apenas para esquecê-lo novamente. Ensina-os a aceitar sua afiliação de classe . Isso os torna indiferentes. Isso os torna emocionalmente dependentes. Isso os torna intelectualmente dependentes. Ensina-lhes uma espécie de autoconfiança que requer confirmação constante por especialistas (autoestima provisória). Deixa claro para eles que não podem se esconder, pois estão sempre supervisionados.

Ele também traça um contraste entre comunidades e “redes”, sendo as primeiras saudáveis, e as escolas sendo exemplos das últimas. Ele diz que as redes se tornaram um substituto prejudicial à comunidade nos Estados Unidos.

O livro inspira as pessoas a não defenderam que o estado fortaleça mais as escolas e sim que voltemos a tomar conta da edução de nossas crianças, pois a escola não foi foi feita para educar e sim para "escolarizar" o que é muito diferente do objetivo inicial da educação.

quinta-feira, fevereiro 15, 2024

Padre Pio: A História Definitiva


Ler a biografia de um santo é sempre uma experiência interessante. Nos perguntamos se realmente estamos lendo uma obra de ficção ou a história de uma pessoa que realmente viveu entre nós.

Para quem tem fé a leitura de biografias de santos faz ela se robustecer e para quem não tem fé, creio eu, torna-se um martírio ter que ficar a todo momento convencendo a si mesmo que tudo não passa de uma invenção. Ler a história de São Pio de Pietrelcina (1887-1968) é um desses casos onde nos sentimos assim.

É impressionante o que esse santo italiano sofreu em sua vida e como há menos de 60 anos atrás tínhamos um grande santo vivendo entre nós, que fez tanto pelas pessoas em vida e também depois de falecido!

A biografia escrito pelo esritor norte-americado Bernard Ruffin (1947-2019) narra nos mínimos detalhes todos os aspectos de sua vida, desde o nascimento até o seu processo de canonização finalizado em 2002.

quarta-feira, janeiro 31, 2024

Quincas Borba


Terceiro romance que leio do nosso Machado de Assis (1839-1908), a continuação (poderia se dizer) de Memórias Póstumas de Brás Cubas: Quincas Borba.

Publicado originalmente em folhetim entre 1886 e 1891, o livro narra a história de Rubião que recebe uma herança de seu amigo (Quincas Borba) que o deixa com uma considerável fortuna e o seu bem mais precioso, o seu cachorro (de mesmo nome do falecido dono), que terá que ser cuidado por ele como único condicionamente de receber a fortuna. Rubião, portanto, se muda de uma cidade do interior (Barbacena) para a capital do Império, no Rio de Janeiro.

Ele parte para o Rio de Janeiro e, na viagem, conhece Cristiano de Almeida e Palha e sua esposa Sofia. Ingênuo, Rubião deixa-se guiar pelo casal. Instala-se num palacete e frequenta a casa de Cristiano. Apaixona-se por Sofia, que lhe dispensava olhares e delicadezas insinuantes. Depois de muitos favores ao casal amigo, Rubião declara seu amor por Sofia, que, apesar de ter provocado a declaração, o recusa e se queixa ao marido. Cristiano não rompe com Rubião porque pretende lhe subtrair o resto da fortuna. Sofia apenas intuía sua condição de chamariz, mas daí por diante tem de exercê-la conscientemente. O amor não-correspondido de Sofia desperta-lhe, aos poucos, a loucura.

O livro retrata bem a sociedade brasileira na época do reinado e mostra muito bem como os homens se comportam quando se deixam levar pela luxúria e pela ganância.

quarta-feira, janeiro 24, 2024

Romeu e Julieta


Finalizando a 4ª obra que leio do magistral William Shakespeare (1564-1616), a sua obra trágica mais famosa: Romeu e Julieta.

Escrita ao redor de 1593 narra a já tão conhecida história de dois adolescentes cuja morte acaba unindo suas famílias, outrora em pé de guerra.

A estrutura dramática usada por Shakespeare, como o foco em personagens mais secundários e a utilização de sub-enredos para embelezar a história, traz um colorido adicional a história mostrando uma excelente habilidade dramática. Além disso, a peça atribui distintas formas poéticas aos personagens para mostrar que eles evoluem; Romeu, por exemplo, fica melhor em seus sonetos à medida que a trama segue.

Para aqueles que querem se inspirar em sonetos para serem declarados a sua amada, a peça é um prato cheio com passagens imortalizadas, tais como:

Parece estar suspensa na face da noite, tal qual joia rara na orelha de uma etíope; beleza incalculável, cara demais para ser usada, por demais preciosa para uso terreno!

Como o mar, meu amor é profundo e minha entrega desconhece fronteiras. Quanto mais me doo a ti, mais eu tenho, pois tanto meu amor quanto minha entrega são infinitos.

domingo, janeiro 21, 2024

Ilíada


Finalmente pude me dedicar à grande obra, aquela que é considerada a mãe da Civilização Ocidental, a pedra basilar da literatura ocidental, a grande obra de Homero (928 a.c - 898 a.c): Ilíada.

Trata-se de um poema épico que narra o último ano da famosa Guerra de Tróia. A guerra já está acontecendo há 9 anos e o narrativa concentra-se no embate entre o Rei Agamenon e o principal guerreiro grego Aquiles que levou ao desfecho da guerra.

O filme Troia (2004) não mostra 1% do que Homero quis narrar em sua obra. Falta o principal que permeia toda a obra que é a ação dos deuses nos rumos da batalha. Contar a Guerra de Troia sem a interferência dos deuses empobrece tanto que chega a ser uma falta de respeito com trama original!

O livro tem uma certa dificuldade para ser lido por causa da sua estrutura narrativa ser em versos, mas nada que uma leitura atenta não suplante essa dificuldade e com certeza ler uma 2ª vez trará mais clareza ainda aos detalhes da história.

Para aproveitar mais a Ilíada é importante ter algum conhecimento prévio da dinâmica entre os deuses do Olimpo, a origem dos principais guerreiros e os acontecimentos que levaram ao estopim da guerra que foi no casamento de Peleu e Tétis com a famosa cena do Pomo da Discórdia. Na verdade, saber os motivos do casamento deixa ainda mais saborosa a leitura.

Portanto, a Ilída seria o ponto máximo de toda a mitologia grega, onde os vários acontecimentos ocorridos ao longo de anos de história culminaram na Guerra de Tróia.

Estudar a mitologia grega já seria de suma importância apenas para justificar o entendimento pleno da Ilíada, livro este que deveria ser obrigatório na formação de todo ser humano.

segunda-feira, janeiro 01, 2024

Livros Lidos em 2023


Finalizando 2023 onde tentei consolidar o hábito de leiturar que voltei a ter em 2022.

O ano de 2022, conforme escrevi à época, foi um renascimento onde consegui ler 63 livros, mantendo uma média de 34 páginas lidas por dia totalizando 12.484 páginas.

Em 2023 não consegui superar tal marca, mas mesmo assim foi um bom ano com 40 livros lidos, mantendo uma média de 29 páginas por dia, totalizando 10.644 páginas.


Comparando com 2022, consegui manter uma média melhor entre os meses, sendo que o mês que menos li (março) eu ainda consegui finalizar 539 páginas. Em 2022 teve mês que li apenas 234 páginas.

Entretanto, tive mais dias que fiquei sem ler, totalizando 104 dias sem ler uma única página. O que impactou na quantidade de livros que consegui ler.


Portanto, comparando esses dois anos, fica claro que a constância é realmente necessária e que qualquer distração ou atividade mais fácil nos afasta da leitura.

Cheguei a ter uma boa rotina de leitura no 2º semestre, mas não suficiente para tirar o atraso que tive no 1º semestre. 


Filmes e Séries Vistos em 2023


Em 2022 assisti 58 filmes e em 2023 foram 74. Abaixo a quantidade de filmes pelos anos de lançamento.


Novamente consegui ver alguns filmes bem antigos como o Metropolis (1927), ...E O Vento Levou (1939) e o Cidadão Kane (1941).

Foram 31 filmes no 1º semestre e 43 filmes no 2º semestre com um pico em outubro, totalizando 100 horas, pouca coisa a menos que ano passado que foram 115 horas.

  • Janeiro (7):  Deus e o Diabo na Terra do Sol, Beleza Oculta, A Bíblia, Cubo, Fenômeno, O Menu, Caça Implacável
  • Fevereiro (5): Willow: Na Terra da Magia, José, Shin Gojira, Gênesis, Silêncio
  • Março (8): Nicarágua: Liberdade Exilada, "Putin's Road to War", Invasão Bolchevique, À Prova de Morte, Extermínio 2, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, "Tesla", O Homem que viu o Infinito
  • Abril (6): A Queda, Interestelar, Amén. Francisco responde, Homem de Ferro, Paulo Apóstolo de Cristo, Jack Reacher: O Último Tiro
  • Maio (5): ...E o Vento Levou, Fúria Incontrolável, Metrópolis, Obrigado por Fumar, Ford vs Ferrari
  • Junho (0):
  • Julho (3): Anônimo, Tempo, O Pior Vizinho do Mundo
  • Agosto (4): Um Pequeno Favor, Nefarious, O Exorcista do Papa, O Ritual
  • Setembro (6): The Flash, O Aprendiz de Feiticeiro, Rastros de Ódio, A Felicidade Não se Compra, O Sacrifício do Cervo Sagrado, Identidade Paranormal
  • Outubro (14): O Operário, Hereditário, Megatubarão 2, Bumblebee, A História Sem Fim, A Outra História Americana, Cidadão Kane, Lolita, O Que é Isso, Companheiro?, Still: Ainda Sou Michael J. Fox, Fresh, Os Escolhidos, Rio Vermelho, Até o Último Homem
  • Novembro (7): Taxi Driver: Motorista de Táxi, Estrelas Além do Tempo, Os Fantasmas se Divertem, Finch, Tetris, Janela Indiscreta, A Mosca
  • Dezembro(9): O Colecionador de Ossos, Top Gun: Ases Indomáveis, Os Cavaleiros do Zodíaco - Saint Seiya, O Lobo de Wall Street, A Baleia, Thriller 40, Star Wars: A Ascensão Skywalker, Dois Minutos Além do Infinito, A Morte do Demônio: A Ascensão
As séries que mais assisti no ano foram as seguintes. Como voltei a assinar a Apple TV+, voltei a assistir as 3 séries que assisti na época do lançamento do serviço. Consegui finalizar ER e The Big Bang Theory que há algum tempo eu dedicava.


Em 2023 eu assisti uma quantidade bem maior de episódios. Foram 402 episódios (em 2022 tinha sido 259) e a quantidade de horas aumentou também de 259 horas para 286 horas.

Com isso, aumentei o meu consumo de filmes e séries, saindo de 374 horas em 2022 para 386 horas em 2023.