Dos livros que li no colegial, o único que ficou guardado na minha memória que eu tinha realmente gostado era o genial Triste Fim de Policarpo Quaresma. Lembro de ter lido Helena, O Cortiço, entre outros e praticamente não conseguia chegar ao fim deles, tendo que apelar para resumos para a prova.
Depois de quase 30 anos eu volto a esse clássico escrito pelo nosso Lima Barreto (1881-1922) e vejo os motivos de ter gostado tanto desse livro!
A história foi publicada pela 1ª vez em folhetins de jornal em 1911 e narra a história de um nacionalista ufânico que sente que damos pouca importância para as preciosidades nacionais e nos importamos mais com a cultura do exterior. Além disso, Policarpo é uma pessoa gentil e dedicada aos amigos e colegas, diferente de todos ao seu redor que vivem vidas apáticas e egoístas. Infelizmente, as suas ações de auxílio aos colegas e as suas posições em relação ao País irá levá-lo a um fim triste como o próprio título do livro já adianta.
O livro além de descrever o comportamento da sociedade carioca da época, descreve bem também como era a cidade no fim do séc. XIX.
Policarpo é uma personagem que podemos nos espelhar para vivermos na realidade da vida sem sermos falsos e mesquinhos, além de sermos fraternos com nossos colegas. Porém, devemos ter o cuidado de não sermos ingênuos e idealistas, pois isso irá nos levar a perdição prejudicando alcançarmos os nossos objetivos finais.
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