Preparação para a Morte

Um livro que traz em 36 capítulos, ensinamentos de vários santos, padres e da própria Bíblia de como devemos nos lembrar de que a morte é a única certeza dessa vida e de que só temos dois caminhos a escolher: o Céu ou o Inferno!

Santo Afonto de Ligório (1696-1787), Doutor da Igreja, escreveu esse livro para nos lembrar constantemente que devemos estar sempre preparados para a morte, pois ela chega sem avisar e nos arrebata estando prontos ou não para a salvação eterna.

Além disso, o Santo nos detalha quais são as atitudes que leva cada um ESCOLHER o seu destino. Digo escolher com bastante ênfase, pois Deus nos fez para escolher o caminho do bem, porém temos total liberdade de escolher o caminho da perdição se assim o quisermos.

O autor narra também as perdições que encontraremos no Inferno e as benções que nos aguarda no Céu.

Cito três passagens do livro que exemplifica bastante o que esse Santo Bispo nos trouxe de ensinamentos:

Santo Agostinho teve de lutar doze anos para vencer suas más inclinações. Como é que um moribundo, que teve quase sempre a consciência manchada, poderá fazer facilmente uma conversão verdadeira, no meio dos sofrimentos, das dores de cabeça e da confusão da morte? Digo conversão verdadeira, porque então não bastará dizer e prometer com os lábios, mas será preciso que palavras e promessas saiam do fundo do coração.

Por outra parte, afirma São Paulo que de "Deus não se pode zombar" (Gl 6,7). E seria zombar de Deus o querer ofendê-lo sempre que quiséssemos e desejar, a seguir, o Paraíso. Quem semeia pecados não pode esperar outra coisa que o eterno castigo no Inferno (cf. v. 8). O laço com que o demônio arrasta quase todos os cristãos que se condenam é, sem dúvida, esse engano com que os seduz, dizendo-lhes: "Pecai livremente, porque, apesar de todos os pecados, haveis de salvar-vos". O Senhor, porém, amaldiçoa aquele que peca na esperança de perdão.

Se todos os bens e prazeres do mundo não podem satisfazer o coração humano, quem o poderá contentar? Só Deus (cf. SI 36,4). O coração humano anda sempre à procura de bens que o possam saciar. Alcança riquezas, honras ou prazeres, mas não se satisfaz, porque tais bens são finitos e ele foi criado para o bem infinito. Quando, porém, encontra Deus e se une a Ele, se aquieta, acha consolo e não deseja nada mais. Santo Agostinho, enquanto se ateve à vida sensual, jamais gozou de paz; mas, quando passou a entregar-se a Deus, fez esta confissão ao Senhor: "Meu Deus, vejo agora que tudo é dor e vaidade, e que só Vós sois a verdadeira paz da alma".