domingo, dezembro 12, 2021

Fórmula 1: Campeonato de 2021


Eu nunca fui um fã de esportes. Era daqueles que assistia a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas. Vez ou outra assistia algum outro jogo de futebol e algumas partidas de Tênis para fazer companhia à minha mãe que adora esse esporte.

Digo ainda que era, pois nos últimos anos nem isso acompanhei mais. A última copa do Mundo que eu lembro de ter acompanhado foi a de 2010. Esse ano ainda foi interessante, pois resgatando um post antigo, deixei registrado que acompanhei todo o Campeonato Brasileiro de 2010 onde o Fluminense se sagrou campeão. Não me lembro disso, mas se está registrado aqui, quer dizer que eu assisti...

Desde então me desliguei total de esportes e não acompanhei mais nada!

Até que em setembro foi lançado um documentário do piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher. A única coisa que eu sabia de sua carreira é que ele foi um dos maiores pilotos da categoria e era o grande recordista de títulos. Como estava sem nada pra assistir, resolvi dar uma chance ao documentário.

Fui completamente fisgado pela história e vários preconceitos que eu tinha sobre o piloto e sobre o esporte caíram por terra! Na mesma hora mandei uma mensagem para uma amiga do trabalho falando como o documentário era legal. Amiga esta que algumas semanas antes tinha falado que assistia Fórmula 1 e na época que ela me falou isso eu até gozei da cara dela, falando que ela perdia o seu tempo assistindo um esporte tão chato!

Ela me recomendou a assistir o seriado da Netflix, Drive to Survive, que mostra as temporadas de 2018, 2019 e 2020. O formato que a Netflix narrou essas temporadas me cativou de uma maneira que nunca nenhum esporte me cativou!

Eu assisti corridas de Fórmula 1 como todo brasileiro médio do início da década de 90. Via as largadas para ver como o Senna ia largar e via a chegada para saber em que posição ele chegaria. Quando ele morreu, nunca mais tive nenhum contato com o esporte.

Após descobrir esse seriado, comecei a conversar com esse casal de amigos, pois o marido dela acompanha o esporte há anos. Comecei a ler sobre o esporte e trocar ideias sobre o atual campeonato.

Na semana que assisti o documentário teria o Grande Prêmio da Rússia que seria a 15ª corrida do campeonato que teria no total de 22 corridas. Então eu ainda teria 8 corridas para assistir de um campeonato que estava sendo disputadíssimo e que vários jornalistas já estavam chamando do maior que esse esporte já viu.

A corrida ocorreu no dia 26 de setembro e, pela primeira vez na vida, eu assisti uma corrida de Fórmula 1 do início ao fim sem desgrudar os olhos da TV e ainda sem entender todas as regras do esporte. Mas fui totalmente atraído pela disputa na pista pelo super campeão Lewis Hamilton e o desafiante Max Verstappen que estava a todo custo querendo tirar a hegemonia do inglês.

Desde esse dia assisti todas as corridas, inclusive uma delas (o GP de São Paulo) eu assisti junto com esse casal de amigos, pois queria compartilhar a emoção de assistir em grupo a corrida!

E chegamos no dia de hoje, a última corrida da temporada no GP de Abu Dhabi, onde ambos os pilotos chegam EXATAMENTE empatados em pontos!!

Não preciso nem narrar aqui como essa corrida foi, pois ela entrará para a história! Só posso dizer que eu não vi o tempo passar e praticamente não desgrudei o olho da TV, nem naquele "meio" da corrida que para alguns pode ter sido meio monótono. Quando o Max passou o Hamilton na última volta após a saída do Safety Car eu urrei gritando para minha esposa vir para a sala e ver o que estava acontecendo. Eu me vi em pé, gritando para a TV e comemorando o título de um piloto holandês de um esporte que eu nunca tinha acompanhado!

Uma emoção assim tão forte com esporte eu só tive com a conquista da Copa do Mundo de 1994, ou seja, 27 anos atrás!!

Não vejo a hora de começar o campeonato do ano que vem e acompanhar desde o início uma temporada. Pode ser que no futuro eu pare de assistir esse esporte, mas até esse dia chegar, vou aproveitar e assistir, torcer e vibrar.

Não há nenhum brasileiro correndo e nem perspectiva de ter um no curto prazo. Mas vou acompanhar um esporte simplesmente para ver o mais puro espírito competitivo em ação. Espírito esse que é inerente ao ser humano!



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