Hoje foi lançada as novas regras que irão ditar o financiamento para a agricultura e a pecuária na Safra 2011/2012 que começa efetivamente daqui duas semanas.
O lançamento ocorreu em Ribeirão Preto (por que será Wagner Rossi!?!?! ai ai viu…) com a presença da nossa Presidenta Dilma. Até fomos convidados a prestigiar o evento, mas melhor deixar para nossas cooperativas da região que nos representam muito bem!
Como sempre há mais estardalhaço do que efetivas mudanças! As mais importantes foram a unificação dos limites de custeio para R$650 mil independente da cultura financiada e o aumento da renda bruta para R$700 mil para enquadramento no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).
Um ponto interessante foi a criação de dois limites de investimento diferenciados para a cultura da cana-de-açúcar e para a pecuária que serão, respectivamente, R$ 1 milhão e R$ 750 mil!! Eu particularmente achei alto, principalmente para a cana que com certeza irá drenar boa parte dos recursos destinados ao investimento e que por consequência poderá faltar para outras atividades.
As linhas do BNDES continuam a mesma coisa de sempre, apenas com uma roupagem mais “ecológica” com a incorporação de dois programas ao mais recente ABC (Agricultura Baixo Caborno). Porém, o mais importante não foi mudado: a sistemática operacional do BNDES que continua muito burocrática fazendo com que muitos produtores não busquem essa fonte de financiamento e a questão do licenciamento ambiental que está cada vez mais difícil para o produtor conseguir emitir o seu, o qual é imprescindível na obtenção do crédito junto ao BNDES.
Foram destinados o mesmo montante da safra anterior para o BNDES, ou seja, R$ 10,5 bilhões. Como toda safra, nem metade desse dinheiro será utilizado pelos produtores, muito por causa do pontos que elenquei acima.
Os recursos para essa Safra somam R$ 107,2 bilhões; sendo o maior volume de recursos ofertados numa safra, com 7,2% de aumento em relação à Safra 10/11.
Algumas medidas que estamos aguardando ainda não foram votadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e por isso não puderam ser divulgadas no momento. Esperamos que elas sejam aprovadas e que tragam benefícios concretos à operacionalização do Crédito Rural que é uma das ferramentas mais importantes no avanço do Agronegócio Brasileiro!
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