domingo, junho 29, 2025

Três Para Casar


Três para Casar, publicado em 1951, é uma reflexão profunda e espiritual sobre o matrimônio, escrito pelo arcebispo católico Fulton Sheen (1895-1979). O livro parte da premissa de que um casamento verdadeiramente feliz e sólido não é apenas uma união entre duas pessoas, mas entre três: o homem, a mulher e Deus. 

Sheen aborda o casamento não apenas como um contrato social ou um arranjo humano, mas como um sacramento, uma realidade espiritual que reflete o amor divino. Ele explora temas como o amor autêntico, o sentido do corpo e da sexualidade, a importância da castidade, a preparação para o matrimônio e os perigos do materialismo e do egoísmo nas relações. 

Sheen consegue unir filosofia, teologia e psicologia de maneira clara e acessível. Ele explica conceitos complexos sobre o amor e o matrimônio de forma que tanto leigos quanto estudiosos possam compreender. 

Um dos méritos da obra é apresentar o amor conjugal não como mera busca de satisfação pessoal, mas como entrega, sacrifício e compromisso mútuo, enraizado em Deus. 

O livro é provocativo e enriquecedor para quem busca compreender o casamento como algo além do aspecto legal ou afetivo, inserido em um plano espiritual maior. Em tempos de alta taxa de divórcios e relações líquidas, o livro oferece uma alternativa sólida, baseada em valores perenes como fidelidade, sacrifício e presença divina.

segunda-feira, junho 23, 2025

Paraíso Reconquistado

Depois de ler a obra prima, Paraíso Perdido, agora é a vez de sua continuação: Paraíso Reconquistado. Publicado em 1671, nesta obra John Milton (1608-1674) retoma os temas bíblicos da queda e redenção, mas agora sob a perspectiva do triunfo moral e espiritual de Cristo diante das tentações do diabo no deserto, conforme relatado nos Evangelhos, principalmente no de Lucas.

Ao contrário do estilo grandioso e dramático de Paraíso Perdido, Paraíso Reconquistado é mais contido, com um foco narrativo mais restrito. Em apenas quatro cantos, Milton narra a tentação de Cristo no deserto, quando, após jejuar por quarenta dias, Ele é confrontado por Satanás e rejeita todas as suas tentações, demonstrando sua superioridade espiritual e sua resistência inabalável.

Milton abandona aqui as épicas batalhas celestiais e quedas cósmicas para concentrar-se na luta interna e moral. A obra é admirável por sua profundidade filosófica e teológica, tratando do verdadeiro significado da vitória espiritual. O Cristo é um símbolo do autodomínio, da razão e da obediência à vontade divina, opondo-se ao orgulho e à sedução material apresentados por Satanás. 

Outro ponto de destaque é a habilidade de Milton em apresentar o Diabo não como um ser grotesco, mas como um mestre da retórica e da manipulação, o que torna as tentações intelectualmente desafiadoras. A vitória de Cristo, portanto, não é apenas sobre desejos carnais ou mundanos, mas sobre o engano e a distorção da verdade. 

Apesar de sua recepção mais modesta, Paraíso Reconquistado permanece como uma peça fundamental na compreensão da redenção cristã e do papel de Cristo como o "novo Adão" que restaura a possibilidade de salvação perdida no Éden.

sábado, junho 21, 2025

Prefácio ao Paraíso Perdido


No ensaio o Prefácio ao Paraíso Perdido, publicado em 1942, C. S. Lewis (1898-1963) oferece ao leitor muito mais do que uma introdução à obra-prima de John Milton. Trata-se de um estudo sobre poesia épica, mitologia, moralidade e crítica literária, com um rigor acadêmico que faz jus ao conhecimento do professor. A obra é um pouco difícil de ler, mas Lewis ilumina alguns aspectos essenciais do poema.

Lewis começa por situar O Paraíso Perdido dentro da tradição das epopeias clássicas, como as de Homero e Virgílio, e defende a necessidade de compreendê-lo à luz de suas convenções literárias e culturais. Ele discute temas como hierarquia, obediência, liberdade e a queda do homem.

Um dos pontos altos do livro é a defesa que Lewis faz da objetividade moral presente em Milton. Ele afirma que, para compreender O Paraíso Perdido, é necessário aceitar, ainda que temporariamente, a visão teocêntrica do autor, caso contrário, perde-se a força dramática e poética da narrativa.

Sua leitura é, ao mesmo tempo, conservadora e provocadora: conservadora no resgate de valores tradicionais da crítica e da teologia cristã; provocadora ao desafiar as interpretações modernistas de sua época, especialmente a visão romantizada de Satã como um rebelde heroico.

Ainda assim, o livro permanece um boa leitura para qualquer estudante ou amante da literatura clássica e da crítica literária. Lewis não apenas nos ajuda a compreender O Paraíso Perdido; ele nos ensina a ler com mais atenção, com mais profundidade e com mais reverência.

sexta-feira, junho 13, 2025

Os Noivos


Publicado em 1842, Os Noivos é amplamente considerado o maior romance da literatura italiana. Alessandro Manzoni (1785-1873) constrói uma poderosa fusão entre o drama pessoal e o retrato social, ao mesmo tempo em que eleva a prosa italiana a um novo patamar de clareza e unidade linguística.

A trama se passa na Lombardia do século XVII, durante o domínio espanhol, e acompanha a história de Renzo e Lucia, dois camponeses humildes que lutam para se casar em meio a obstáculos sociais, políticos e religiosos. O vilão Don Rodrigo representa a corrupção dos poderosos, enquanto personagens como o Frei Cristóvão e o Cardeal Borromeu encarnam a força moral da fé cristã e da caridade.

Do ponto de vista literário, Os Noivos se destaca por sua estrutura equilibrada e pelo uso sutil da ironia. Manzoni intercala a narrativa com digressões históricas — como a peste de Milão ou a carestia — sem perder de vista o fio emocional da história principal. Essa fusão entre o épico coletivo e o drama íntimo é uma das grandes virtudes do romance.

Manzoni também promove uma crítica social poderosa: condena o autoritarismo, a ignorância promovida pelas elites e a passividade das massas. Ao mesmo tempo, aponta para a redenção possível através da fé, do arrependimento e da ação moral individual.

Apesar de sua densidade histórica e religiosa, o romance mantém um ritmo envolvente, com momentos de tensão, ternura e reflexão profunda. É uma leitura para quem busca compreender como o romance moderno europeu nasceu da fusão entre o realismo histórico e a sensibilidade moral.

segunda-feira, junho 09, 2025

Post Número 900!!


Foram quase 2 anos e cheguei a 900 postagens! Não foi o menor prazo, mas bem melhor do que alguns anos atrás.

Desde dezembro/2006, esses foram os tempos que levei para chegar em cada marca:

Para o 100º post levei 1 ano e 9 meses
Para o 200º post levei 1 ano e 7 meses
Para o 300º post levei 2 anos e 8 meses
Para o 400º post levei 3 anos e 3 meses
Para o 500º post levei 1 ano e 11 meses
Para o 600º post levei 2 anos e 8 meses
Para o 700º post levei 1 anos e 6 meses
Para o 800º post levei 1 anos e 3 meses
Para o 900º post levei 1 anos e 10 meses

As publicações foram de Agosto/2023 a Junho/2025. Na época que escrevi o 800º post eu estimei que levaria em torno de 2 anos para chegar nesse marco. Errei por bem pouco...

Imagino que devo levar o mesmo tempo para escrever o 1.000º post. Veremos daqui 2 anos!

domingo, junho 08, 2025

Santuário São João Bosco


Hoje eu precisei assistir a missa um pouco mais cedo do que o horário que a minha paróquia celebra a missa e com isso procurei uma paróquia que celebrasse a missa às 18h (bendita Igreja Católica onde temos a mesma celebração em todas as paróquias).

Usando a pesquisa de horários de missas (https://arqbrasilia.com.br/horarios-de-missas/) disponível no site da Arquidiocese de Brasília verifiquei que o Santuário São João Bosco na Asa Sul teria missa nesse horário. Como sempre tive interesse em visitar essa paróquia decidi ir assistir a missa de hoje lá.

A paróquia é bem imponente, mas, sinceramente, ela não é bonita. É um grande caixote com várias pilastras. Ela tem um pórtico de entrada feito de bronze que traz um diferencial para o prédio. 

Internamente ela é bem imponente com um enorme lustre no centro e os vitrais nas paredes são bem bonitos.

A paróquia é administrada pelos Salesianos e foi inaugurada em 1970.



quinta-feira, junho 05, 2025

Pavimentação do Condomínio - Conjunto Concluído!


Hoje foi um dia muito esperado por mim! Depois de 12 anos morando aqui, finalmente chegou a obra mais esperada por nós condôminos: a pavimentação total do condomínio!

Eles entregaram hoje a pavimentação da minha rua a qual começou no dia 17 de maio. Houve alguns atrasos, mas nada que diminuísse a alegria de ter finalmente pavimentação até a porta da minha casa!

Daqui pra frente o que falta no condomínio são meros detalhes que irá apenas valorizar mais o imóvel e deixar mais bonito o condomínio.

Mas para mim, a sensação é de ter agora 100% da estrutura necessária para ter uma boa qualidade de vida.