Três para Casar, publicado em 1951, é uma reflexão profunda e espiritual sobre o matrimônio, escrito pelo arcebispo católico Fulton Sheen (1895-1979). O livro parte da premissa de que um casamento verdadeiramente feliz e sólido não é apenas uma união entre duas pessoas, mas entre três: o homem, a mulher e Deus.
Sheen aborda o casamento não apenas como um contrato social ou um arranjo humano, mas como um sacramento, uma realidade espiritual que reflete o amor divino. Ele explora temas como o amor autêntico, o sentido do corpo e da sexualidade, a importância da castidade, a preparação para o matrimônio e os perigos do materialismo e do egoísmo nas relações.
Sheen consegue unir filosofia, teologia e psicologia de maneira clara e acessível. Ele explica conceitos complexos sobre o amor e o matrimônio de forma que tanto leigos quanto estudiosos possam compreender.
Um dos méritos da obra é apresentar o amor conjugal não como mera busca de satisfação pessoal, mas como entrega, sacrifício e compromisso mútuo, enraizado em Deus.
O livro é provocativo e enriquecedor para quem busca compreender o casamento como algo além do aspecto legal ou afetivo, inserido em um plano espiritual maior. Em tempos de alta taxa de divórcios e relações líquidas, o livro oferece uma alternativa sólida, baseada em valores perenes como fidelidade, sacrifício e presença divina.