Escrito pelo Curitibano Diogo Fontana (1980-) o livro Se Houvesse Um Homem Justo na Cidade (2022) é um excelente livro com uma leitura bem envolvente que vai ficando cada vez mais dramático na medida que evolui.
É a história de uma família venezuelana que com sobrenome e intelecto acabaram por perder tudo. É mostrada, acima de tudo, a realidade mental, as frustrações e os sentimentos de um professor inteligente ao qual acaba por padecer na saúde mental, física e financeira junto com sua mãe e irmão ao qual pensa diferente mostrando embates entre os dois com a família perdendo tudo por causa do regime Chavista, mostrando como era antes, durante e depois.
O irmtão, que mesmo sendo culto, erudito e com boa posição social, foi incapaz de convencer seu próprio irmão quanto à torpeza e perversidade do governo Chaves/Maduro. Assistiu à decadência do seu povo e à sua própria, forçado a emigrar para o Brasil, enfrentando a miséria extrema.
O autor acerta na maneira de abordar os infortúnios pelos quais os venezuelanos foram submetidos. Mostra, de maneira detalhada, mas sem ser enfadonha, a decadência da sociedade e das realidades individuais (desmantelamento da família central da história). Mostra os efeitos físicos e psicológios nos cidadãos venezuelanos e as angústias e tristezas causadas pela implantação da ditadura no país.
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