quarta-feira, janeiro 31, 2024

Quincas Borba


Terceiro romance que leio do nosso Machado de Assis (1839-1908), a continuação (poderia se dizer) de Memórias Póstumas de Brás Cubas: Quincas Borba.

Publicado originalmente em folhetim entre 1886 e 1891, o livro narra a história de Rubião que recebe uma herança de seu amigo (Quincas Borba) que o deixa com uma considerável fortuna e o seu bem mais precioso, o seu cachorro (de mesmo nome do falecido dono), que terá que ser cuidado por ele como único condicionamente de receber a fortuna. Rubião, portanto, se muda de uma cidade do interior (Barbacena) para a capital do Império, no Rio de Janeiro.

Ele parte para o Rio de Janeiro e, na viagem, conhece Cristiano de Almeida e Palha e sua esposa Sofia. Ingênuo, Rubião deixa-se guiar pelo casal. Instala-se num palacete e frequenta a casa de Cristiano. Apaixona-se por Sofia, que lhe dispensava olhares e delicadezas insinuantes. Depois de muitos favores ao casal amigo, Rubião declara seu amor por Sofia, que, apesar de ter provocado a declaração, o recusa e se queixa ao marido. Cristiano não rompe com Rubião porque pretende lhe subtrair o resto da fortuna. Sofia apenas intuía sua condição de chamariz, mas daí por diante tem de exercê-la conscientemente. O amor não-correspondido de Sofia desperta-lhe, aos poucos, a loucura.

O livro retrata bem a sociedade brasileira na época do reinado e mostra muito bem como os homens se comportam quando se deixam levar pela luxúria e pela ganância.

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