sábado, julho 08, 2023

Apologia de Sócrates


Há um ano e meio atrás eu lia um grande clássico da Filosofia e hoje peguei para lê-lo novamente.

A Apologia de Sócrates foi escrita por Platão (428-348 a.c.) sendo um diálogo socrático do discurso de autodefesa legal que Sócrates (469-399 aC) proferiu em seu julgamento por impiedade e corrupção.

Especificamente, a Apologia de Sócrates é uma defesa contra as acusações de corromper a juventude e não acreditar nos deuses em que a cidade acredita, mas em outros que são novos para Atenas.

Entre as fontes primárias sobre o julgamento e a morte do filósofo Sócrates, a Apologia de Sócrates é o diálogo que retrata o julgamento e é um dos quatro diálogos socráticos, juntamente com Eutífron, Fédon e Críton, por meio dos quais Platão detalha os dias finais do filósofo Sócrates.

O livro começa com Sócrates se dirigindo ao júri de talvez 500 homens atenienses para perguntar se eles foram persuadidos pelos oradores Lycon, Anytus e Meletus, que acusaram Sócrates de corromper os jovens da cidade e impiedade contra o panteão de Atenas. A primeira frase de seu discurso estabelece o tema do diálogo – que a filosofia começa com uma admissão de ignorância. Mais tarde, Sócrates esclarece esse ponto da filosofia quando diz que qualquer sabedoria que ele possua vem de saber que nada sabe.

No decorrer do julgamento, Sócrates imita, parodia e corrige os Oradores, seus acusadores, e pede ao júri que o julgue pela veracidade de suas afirmações, não por sua habilidade na oratória. Sócrates diz que não usará linguagem sofisticada - palavras e frases ornamentadas cuidadosamente arranjadas - mas falará usando o idioma comum da língua grega.

Sócrates diz que falará da maneira que usou na ágora que ele afirma ser sua língua nativa e a moda de seu país. Embora tenha sido oferecida a oportunidade de apaziguar os preconceitos do júri, com uma concessão mínima às acusações de corrupção e impiedade, Sócrates não abre mão de sua integridade para evitar a pena de morte. Entretanto, o júri que já tinha sua condenação pronta condena Sócrates à morte e este não se esquiva do seu destino imposto pela Cidade.

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