Nunca tinha escutado falar de Gustavo Corção (1896-1978), jornalista e escritor muito elogiado pelos grandes escritores de sua época.
Por causa da Escola de Literatura desse semestre o professor nos colocou para ler a sua obra Claro Escuro publicada originalmente em 1958.
O livro é uma coletânea de artigos que tem ligação entre eles onde o tema principal é a defesa da Família Tradicional, principalmente ao defender a sua indissolubilidade, ou seja, que o divórcio é algo que não deveria existir.
O divórcio era uma solução que já estava sendo praticada em alguns Países e, na época, estava começando a ser discutida no Brasil a adoção dessa prática no ordenamento jurídico Brasileiro. Portanto, à época o casamento era realmente indissolúvel no Brasil, seguindo claramente o dogma Católico.
O autor, deixando de lado os argumentos religiosos, prova para nós que o divórcio é um mal que deve ser combatido. A ideia de que o divórcio é uma ferramenta que irá "livrar" as pessoas de um mau casamento, ele irá acabar aos poucos com a sociedade ao ver as famílias sendo destruídas que é o alicerce de qualquer sociedade.
O livro eu considero essencial para todos os casais que gostariam de contrair matrimônio, provavelmente sendo mais útil do que muito curso de noivo que devem ser dados em Paróquias não muito preparadas.
Ao final do livro o autor traz um pouco de argumentos religiosos para sacramentar de vez que o divórcio sempre foi um erro e que nunca deveria ter sido aceito por nós!
Se nós acreditamos na sociabilidade essencial da humana natureza, se acreditamos na necessidade da instituição familiar para a estruturação da sociedade, se acreditamos na radical generosidade do ser feito à imagem e semelhança de Deus, se, em suma, acreditamos no Bem e na Justiça, então, em nome desses postulados, e para proteger a sociedade, a casa, os cônjuges e os filhos, o casamento deve ser indissolúvel.
Uma pessoa pode achar ridícula a fé católica, mas se quer criticá-la deve conhecer os seus artigos. E se não quer ter esse trabalho, deve então falar de outra coisa, que assuntos não faltam.