segunda-feira, outubro 16, 2023

A Consolação da Filosofia


Existem livros que é até difícil de explicar como foram escritos por um homem, parecendo mais que foram ditados por Deus ou por seus Anjos.

Boécio (480-524) grande filósofo e senador romano nos deixou uma obra-prima que merece ser mais do que lido, e sim degustado em cada uma de suas palavras.

Escrito em 523 enquanto estava preso é considerado a última grande obra ocidental do Período Clássico.

Boécio escreve o livro como uma conversa entre ele e uma personificação feminina da filosofia. A filosofia consola Boécio discutindo a natureza transitória da riqueza, da fama e do poder ("nenhum homem poderá estar verdadeiramente seguro até que seja abandonado pela Fortuna") e a superioridade última das coisas da mente. Ela afirma que a felicidade vem de dentro e que a virtude é tudo o que alguém realmente tem, porque não corre o risco de ser ameaçada pelas vicissitudes da fortuna.

O livro é apresentado da seguinte forma:

  • Livro I: Boécio lamenta sua prisão antes de ser visitado pela Filosofia, personificada como uma mulher.
  • Livro II: A Filosofia ilustra a natureza caprichosa do Destino ao discutir a "roda da Fortuna"; ela argumenta ainda que a verdadeira felicidade reside na busca pela sabedoria.
  • Livro III: Com base nas ideias expostas no livro anterior, a Filosofia explica como a sabedoria tem uma fonte divina; ela também demonstra quantos bens terrenos (por exemplo, riqueza, beleza) são, na melhor das hipóteses, passageiros.
  • Livro IV: Filosofia e Boécio discutem a natureza do bem e do mal, com a Filosofia oferecendo várias explicações sobre por que o mal existe e por que os ímpios nunca poderão alcançar a verdadeira felicidade.
  • Livro V: Boécio pergunta à Filosofia sobre o papel que o acaso desempenha na ordem de tudo. A filosofia defende que o Acaso é guiado pela Providência . Boécio pergunta então à Filosofia sobre a compatibilidade de um Deus onisciente e do livre arbítrio .

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