domingo, setembro 30, 2012

A Volta ao Mundo Gamer


A minha infância, principalmente o final da década de 80 com o início dos anos 90, foi muito marcada pela popularização dos videogames no Brasil.

O meu 1º videogame foi um Odyssey da Philips que foi comprado pelos meus pais do meu primo. Aproveitei bastante e foi com ele que tive o 1º contato com o mundo gamer.

Porém, o console que me fez mesmo mergulhar nesse universo foi o Master System que ganhei de aniversário em 1991. Um fato interessante foi que meu pai perguntou se eu queria ganhar um videogame ou um computador. Ele queria me dar um computador e tentou me convencer que seria a melhor escolha. No final prevaleceu a minha vontade de ter um videogame pelo mais simples argumento: o que eu faria com um computador se TODOS os meus amigos tinham ou estavam comprando videogame? Eu ficaria deslocado!! O computador seria legal mais pro futuro, pois um dia todos os meus amigos também migrariam para essa forma de diversão que no País ainda era muito obscura. Mas isso é outra história...

No meu grupo de amigos, era muito difícil alguém não ter um videogame. Tínhamos de tudo na turma: Master System, Mega Drive, Game Gear, Game Boy, Super Nintendo, NES, 3DO e Jaguar.

Joguei muito nessa época. Tanto em casa, na casa de amigos e o mais importante: nas locadoras! Essa época foi uma febre as locadoras que alugavam os consoles por hora. Era o ponto de encontro da turma, pois ficávamos o dia inteiro lá, às vezes até sem jogar, apenas curtindo a jogatina dos outros.

O tempo foi passando e a 5ª geração de consoles foi chegando entre 1995 e 1997. Nessa época eu estava iniciando o meu 2º grau e já tinham alguns anos que eu tinha ganhado o meu 1º computador (creio que foi em 1994).

Com a compra de computador eu migrei as minhas atenções para essa máquina e me dediquei por COMPLETO à ela. Chegando a ficar finais de semana inteiros sem sair da cadeira, inclusive almoçando e jantando em frente ao monitor, descobrindo essa máquina que estava revolucionando nossas vidas. Ficava jogando, mexendo em programas, descobrindo como funcionava o sistema operacional, etc. De repente chegou a tal da Internet. Daí meu amigo, nunca mais larguei o computador!

Todas essas variáveis juntas (2º grau, computador e internet) me fizeram, aos poucos, parar de jogar videogame. Na minha casa já tínhamos consoles da 5ª geração como o Playstation e o Nintendo 64 que era da meu irmão mais novo, porém eu jogava muito pouco.

Com os anos 2000 e 2001 veio a 6ª geração com o Playstation 2, Game Cube e o Xbox (os quais tive todos em casa), porém eu praticamente larguei minha vida de jogador. O que contribuiu muito para isso foi o início da faculdade (em agosto/2000) e o boom que a internet teve a partir dessa época. Minhas atenções ficaram voltadas praticamente para a Agronomia, a Literatura (nessa época eu descobri o Senhor dos Anéis entre outros títulos) e a Internet. Meu irmão jogava muito todos esses consoles, porém eu jogava uma ou duas vezes por ano.

Portanto, passei praticamente duas gerações de consoles sem aproveitar nem 5% do que foi lançado.

Os anos se passaram, eu formei e comecei a trabalhar no final de 2004. Com isso, a vontade de jogar começou a voltar com a nova geração de consoles, a sétima, que estava sendo iniciada no final de 2005 com o lançamento do Xbox360 e consolidada no final de 2006 com os lançamentos do PS3 e do Wii.

Ajudei meu irmão a comprar o Xbox360 e quando o Wii foi lançado compramos também. Desde o meu Master System que eu não jogava tanto, porém foi por um breve período, chegando a acreditar que a minha vida de gamer tinha acabado, pois eu não tinha mais paciência para jogar. Olhando hoje, pode ser que na época eu estava passando por algum estresse, pois eu estava sem paciência para tudo.

Dois anos atrás a maré começou a virar com a compra do iPad. Voltei a jogar um pouco (jogos casuais) e no final do ano passado com a compra do iPad 2 eu voltei aos poucos a jogar com mais ênfase e prazer.

Até que alguns meses atrás, meu irmão comprou um novo Xbox360, pois o nosso queimou, e ele decidiu não desbloquear para poder jogar na Live. Fiquei animado com a possibilidade de voltar a jogar que fiz algo que não fazia a mais de uma década: comprar um jogo original para um console!

Além disso, comecei a escutar podcast (escrevi sobre isso num post em 26/08) e um que me chamou muita atenção foi o 99Vidas. Eles discutem sobre a suas experiências com jogos, relembrando essas épocas que narrei acima. O assunto me tocou bastante e uma vontade de pode jogar novamente foi crescendo em mim!!

Comecei a ter prazer novamente em jogar, consumindo jogos para o MAC, para o iPad e para o Xbox360. Iniciei com alguns jogos antigos em emuladores, para relembrar como foi boa minha infância. Acabei até comprando um receiver para poder jogar com o controle do Xbox no MAC e aproveitar melhor os emuladores.

Até que chegamos no dia de hoje e justificando a foto do início do post eu me início na considerada 8ª geração comprando novamente um console: o Nintendo 3DS XL!

Essa nova fase da minha vida promete muito, pois voltei a ter prazer em jogar , tanto que o PS3 está a caminho e deve chegar até o Natal!

Espero que essa vontade não seja passageira, pois uma diversão que me acompanhou por quase toda minha infância não pode deixar de fazer parte da minha vida logo agora na melhor fase dela!!

Saldo Fim de Mês da Coleção de CDs

Mês um pouco diferente esse.

Faltando poucos dias para terminar o mês comprei alguns CDs sertanejos, principalmente do Almir Sater que consegui achar 3 álbuns que eu não tinha.

Porém o mês ficou marcado pela aquisição de 7 Soundtracks de jogos que joguei recentemente como o Bastion e o To The Moon e outros 5 jogos de MAC que comprei em uma promoção e veio de brinde as suas trilhas sonoras.

Ainda não escutei todas, mas a do Bastion e a To The Moon são altamente recomendadas!! Tanto os jogos quando a sua trilha!


quarta-feira, setembro 12, 2012

Bastion


Lançado primeiramente para o Xbox 360 em julho do ano passado, Bastion é um representante legítimo dessa nova era que estamos vivendo dos jogos independentes. Aproveitei o seu lançamento para o iOS no mês passado, para experimentar esse tão falado jogo.

O jogo tem uma jogabilidade super gostosa e fluída de se jogar, além de contar com gráficos excelentes com um cenário muito bem construído e bem diferente do que temos por aí! O grande diferencial dele é um narrador que te acompanha e vai narrando várias ações que você faz.

Jogar pela tela do iPad foi super agradável e creio que a jogabilidade não se perdeu em nada a falta do controle.

Bastion é um daqueles jogos que sempre valerá voltar de vez em quando seja para apreciar a sua jogabilidade, os gráficos ou o seu narrador onipresente.


sexta-feira, setembro 07, 2012

To The Moon: mais do que um jogo, um ode à vida!


Nós sabemos quando experimentamos algo especial pelo sentimento imediato que essa coisa nos traz.

Aí está a beleza da arte. A música, a literatura, o teatro, a pintura, o cinema; são apenas alguns exemplos de criações humanas que nos despertam uma gama de sentimentos, sendo os mais belos (na minha opinião) a felicidade e a tristeza!

Um é o oposto do outro, porém eles se completam na mesma intensidade. Um não vive sem o outro.

Agora quando um jogo é capaz de nos fazer isso, de nos fazer sorrir e de nos fazer derramar lágrimas é porque não estamos diante de algo simples e sim de algo especial que apenas a criatividade e a sensibilidade humana é capaz de nos fornecer.

Escutando um podcast excelente que descobri dias atrás (Dash do Jogabilida.de) eles dedicaram o programa inteiro a um jogo indie chamado To The Moon. Ao iniciar os comentários do jogo eles pediram com veemência que não escutássemos o cast antes de jogá-lo, pois perderíamos uma experiência maravilhosa se soubéssemos a história desse jogo antes de experimentá-lo.

Pois bem, decidi comprar o jogo (apenas US$10) e comecei a jogar esse Adventure no melhor estilo click and point.

A premissa é bem simples: um homem que está à beira da morte contrata uma agência especializada que trabalha manipulando a mente da pessoa para realizar o seu último desejo e a fazer crer que aquele desejo realmente aconteceu. O último desejo do homem é o título do jogo: ir para a Lua.


A mecânica do jogo é bem simples, porém o que pega aqui é a narrativa. A história é digna de um bestseller que se encontra nas livrarias. É algo tão profundo que explora vários sentimentos e nos dá uma sensação de apreensão, alegria e tristeza ao mesmo tempo.

O que contribuiu para a história é a fantástica trilha sonora que inclusive tiver que comprar também ao final do jogo. A trilha sonora combina muito bem com todas as cenas do jogo. Mérito do criador do jogo que também é o compositor das músicas.

O jogo em vários momentos me fez ir às lágrimas de uma maneira que poucas formas de arte me fez ir até hoje.

Obrigado Freebird Games por nos trazer um jogo tão belo!

Faça um favor a si mesmo e compre esse jogo. Custa mais barato que um livro e tenho a certeza absoluta que irá te emocionar mais que qualquer coisa que você tenha lido nesses últimos tempos...